sobre o colaborador
Partido foi em mim o último elo
Que ligava minha alma ao meu ser.
É isto como existir e não viver
Como dormir e ter um pesadelo.
Não mais há a noção de algo belo
Que na humanidade possa haver
Nem probabilidades de prazer
Ou coisa que desperte meu desvelo.
É tudo indiferente, tudo morto
E não me interessa se este mundo
Prossegue ou termina; não me importo.
Pois vejo-me num túmulo profundo
Sem luz, sem esperança nem vontade
Trancado em minha própria vacuidade.