O projeto No Barrac?o apresenta sua primeira atividade p?blica, de 25 de agosto a 12 de setembro o Ciclo de debates Tupinic?polis ? aqui? de forma online e gratuita para todo o Brasil. O projeto No Barrac?o, idealizado pela colecionadora Alayde Alves, ? uma a??o de aproxima??o entre os contextos po?ticos, est?ticos, sociais e pol?ticos das artes institucionalizadas e do Carnaval. Em parceria com a plataforma Carnavalize, o projeto No Barrac?o desdobra uma de suas a??es neste ciclo de debates e convida renomados artistas visuais e profissionais ligados ao Carnaval para refletirem, juntos, sobre a tem?tica. Ao todo ser?o cinco mesas de debate, com os temas: Apresenta??o do projeto No Barrac?o (25/7); Tropicalismo e cultura marginal (1?/8); Culturas ind?genas e alteridade (15/8); Fic??o, futuro e pensamento especulativo (29/8) e Arte, protagonismo e capitalismo (12/9).
Intitulado Tupinic?polis ? aqui?, o Ciclo de debates ressalta o conceito ?Tupinic?polis? com curadoria de Clarissa Diniz, Leonardo Antan e Tha?s Rivitti. Os encontros, abertos a todos os interessados, partem de um olhar atento e contempor?neo para o desfile de carnaval Tupinic?polis e prop?em uma quebra de fronteiras entre linguagens art?sticas convidando artistas e pesquisadores para debaterem diversos aspectos levantados pelo desfile e que permanecem atuais e potentes de origem, de tradi??o e de futuro na ?poca. Em 1987, a escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel levou ? avenida o enredo ?Tupinic?polis? que imaginava uma metr?pole ind?gena futurista, criada pelo artista negro e nordestino, Fernando Pinto. A partir do protagonismo ind?gena, a utopia de Tupinic?polis profetizava a ru?na da colonialidade brasileira e ironizava a ambi??o nacional de uma reden??o pelo capitalismo. A narrativa, definida pelo pr?prio artista como uma ?fic??o cient?fica tupiniquim?, apresentou a ?lend?ria cidade ind?gena do terceiro mil?nio? onde as terras ind?genas estariam demarcadas e seria erguida uma cidade ind?gena p?s-marajoara, retr?-futurista, s?mbolo do Tupi Power.
Para os curadores, ?essa ? uma iniciativa fundamental de valoriza??o das escolas de sambas como produtoras de artes e narrativas que nos ajudam a entender o Brasil e a contemporaneidade. Juntar diferentes artistas e pensadores sobre uma obra produzida no carnaval ? afirmar a import?ncia cultural e art?stica dessa manifesta??o?. Do time de curadoria, todos j? fizeram exposi??es dedicadas ao contato entre arte e carnaval nos ?ltimos anos.
Assim, o desfile aborda diversas quest?es urgentes para a pr?tica e para o pensamento sobre a produ??o cultural no Brasil hoje: o decolonialismo, o apagamento das culturas ind?genas, o jogo entre capital e cultura, al?m de revisitar a no??o modernista de antropofagia e de colocar em cena uma narrativa vinculada ao g?nero da fic??o cient?fica (que vem sendo mobilizado em in?meras cria??es cinematogr?ficas, pl?sticas e liter?rias recentemente). Os debates acontecem sempre ?s segundas-feiras, das 19h ?s 21h, no Youtube da multiplataforma Carnavalize (https://www.youtube.com/c/Carnavalize), de forma gratuita e sem necessidade de inscri??o.
Tupinic?polis ? aqui? tem a curadoria de Clarissa Diniz, Leonardo Antan e Thais Rivitti.
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