O Museu Chácara do Céu apresenta a partir de 3 de junho, sábado, a exposição Scorzelli Megabichos, do designer e artista plástico Marcos Scorzelli. A mostra exibirá cerca de 15 instalações, algumas inéditas, em chapas de aço que ficarão expostas ao ar livre nos jardins do Museu, localizado em Santa Teresa, e que faz parte dos Museus Castro Maya.
A exposição — que foi recorde de público durante a sua temporada em 2019 no Museu do Açude, no Alto da Boa Vista — desta vez reúne os Megabichos, alguns inéditos, nos jardins do Museu Chácara do Céu. A mostra conta com girafas de 3,0m de altura e uma família de preguiças alocadas nas árvores. O jardim também receberá coelho, elefante e um mandacaru, da flora brasileira. Um polvo gigante estará instalado no espelho d’água, além dos outros bichos que irão estimular o lúdico nas crianças e em toda a família.
Outra novidade é a instalação no telhado do museu de uma preguiça laranja com cabeça e garras gigantes, dando as boas-vindas aos visitantes. Esta é a primeira vez que é feita uma intervenção artística no telhado do equipamento cultural.
“Eu levava meus filhos quando eram pequenos para visitar o Museu Castro Maya. Mas foi em 2011, quando a minha filha mais nova tinha 6 anos, que eu sonhei com essa exposição. Eu tirei uma foto dela correndo nos jardins e fiz uma montagem com os bichos enormes ocupando a área externa, porque nessa época os bichos só existiam no papel. Os volumes simples e geométricos da casa dialogam com as minhas esculturas geométricas e minimalistas. Quando um amigo me mandou uma aquarela de Debret com uma preguiça, eu tive a ideia de colocar uma preguiça gigante descendo o telhado da casa”, declara Marcos Scorzelli.
Todas as instalações estarão à venda em diferentes tamanhos.
Scorzelli Megabichos
“A aparente simplicidade da transformação de uma forma geométrica plana em um volume espacial complexo, travestido de figuras de bichos coloridos, dinâmicos e cheios de personalidade, vai certamente encantar o público”.
Anna Paola Baptista, diretora dos Museus Castro Maya.
“Por sua situação, o Museu “naturalmente” provoca a reflexão sobre a relação entre o construído e o natural, o tempo histórico e o atemporal, o artefato e o-que-nasce-feito. É exatamente o que discute a exposição de Scorzelli, vocalizando e ampliando a proposta silente do Museu! Sua fauna geométrica é uma provocante reflexão sobre os mesmos temas: quando a linha se torna natureza? Como formas abstratas ganham movimento e pele, pelo, escamas, ventosas? De que modo o bidimensional abstrato alcança o tridimensional concreto?
Sua geometria grávida de cores e formas é um convite, uma provocação, uma surpresa... a “cara” da cidade que se destaca por sua “paisagem cultural”! A exposição é, assim, um convite a pensar a cidade, o Museu e, sobretudo, a relação entre o homem e a natureza, da maneira mais inclusiva possível: cada forma, cada cor, cada linha é a porta de entrada, uma janela aberta para outras formas, outras cores, outras linhas.”
Guto Nobre, Escritor.
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