Pelo segundo ano consecutivo, mais de uma centena de artistas circenses de todo o Estado se reúne sob a lona do Picolino, na Orla de Pituaçu. De dia, o picadeiro será palco de discussões e busca de alternativas para a realidade nada romântica do cotidiano dos circenses, que mantêm viva a tradição nas periferias das cidades do interior. De noite, o respeitável público terá uma mostra diária da arte circense produzida hoje na Bahia, com entrada franca, sempre à s 20h30. Haverá concurso de rumbeiras e homenagens a antigos circenses, dentre a artista e dona de circo dona Zeza, matriarca de uma famÃlia de circenses e os palhaços Funhanha, de 72 anos, e Fura-fura, de 80.
Este é o terceiro encontro dos artistas de circo da Bahia. O primeiro aconteceu em 1986, um ano depois da fundação da Escola Picolino. No ano passado, graças ao Prêmio Carequinha de EstÃmulo ao Circo, um edital da Funarte, o encontro foi retomado, com a presença de dezenas de circenses do interior do estado. "Nestes dois anos nossa organização aumentou, criamos uma cooperativa, e hoje podemos comemorar algumas conquistas, como a interlocução com prefeituras, governos federal e estadual e empresas como Coelba e Embasa parceiros importantes dos circos", avalia Anselmo Serrat, coordenador do encontro e presidente da Cooperativa de Circenses da Bahia.
Na pauta do encontro, está a organização dos circenses e a preparação dos circos para participarem de editais federais e estaduais, e encontros com a União de Prefeitos da Bahia (UPB), Coelba e Embasa, para discutir infra-estrutura para os circos no interior. Estarão também presentes durante as discussões membros das Secretarias de Educação e Cultura, do Juizado da Infância e Juventude, além de outros coletivos artÃsticos e convidados especiais.
Durante as noites do encontro, serão apresentados, de segunda a quinta, números de circo variados e um concurso de rumbeiras. "Esta é uma tradição dos circos brasileiros e aqui teremos um revival de um tempo em que elas reinavam no picadeiro com um técnica especial, genuÃna", diz Anselmo.
Neide Silva, hoje instrutora de contorcionismo da Picolino, será uma das juradas do concurso. No seu currÃculo, noites de muitos aplausos ao ser anunciada como a Moreninha do bole-bole no circo Real Bahia, que pertencia ao seu pai e percorria a Bahia na década de 1960.
No encontro haverá também uma oficina de inclusão digital. O encontro é realizado pela Associação Picolino de Artes de Circo e pela Cooperativa de Artistas Circenses da Bahia.
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