Brasil e Portugal ficarão um tantinho mais próximos nos dias 21 e 22 de junho, quando o cantor e compositor português JP Simões se apresenta no Teatro do Sesc Pompéia, em São Paulo, com participação da sambista carioca Teresa Cristina.
Mas, um momento: samba em show de um português? Mas o que esse homem canta? Fado? "Pode dizer que canto fado balançado. Ou, se quiser, fossa nova", diz JP, que foi batizado João Paulo Nunes Simões.
Para simplificar: sim, ele canta samba. Daqueles com caracterÃsticas bem buarquianas, já que Chico Buarque, para ele, há muito já virou adjetivo. Mas não só. Tom e Vinicius também são influências declaradas, a começar pela capa de seu mais recente cd, 1970, uma clara referência à do disco Stone Flower, de Tom Jobim, datado exatamente do primeiro ano da famosa década.
O 1970 de JP, lançado em 2007, é o retrato da geração um tanto sem rumo que, como ele, nasceu neste ano. Uma descrição, como não podia deixar de ser, com muita melancolia portuguesa, embalada pelos acordes que remetem a um perÃodo especial de sua infância, passado com a mãe no Rio de Janeiro.
E é este disco, ou melhor, esta imensa carga de sentimentos ligados ao Brasil, formatados em composições com letras belÃssimas, que ele apresentará pela primeira vez em nosso paÃs. Um disco em que ele se encontrou " musical e poeticamente, a meio caminho entre Portugal e o Brasil, ou seja, em risco de se afundar no meio do Atlântico e da melancolia", nas palavras do próprio.
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