colaborações publicadas
Queimo minha pele, bolha, casca, queimo minha casaca. O céu já está derretido, como vela, pinga sobre o meu peito doando vida em demasia, vida apaixonante, amável e sufocante.
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A chama dança na ponta da longa vela,
Teus olhos tristes te aprisionam em um porão...
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De certo que sentes muito, sentes não entender, matuta no teu orgulho... Não faz mal por querer...
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O papel enterra a palavra que muda se dissolve sobre areia molhada,
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Vem chuva fina regar no meu topo,
Leva na enxurrada a tristeza de mim...
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Narciso nascido no paraÃso.
Encantado pela própria beleza, imóvel se abrigou.
Narciso são esses dias de pura contemplação...
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De súbito me alucino como poucos sem razão,
feito chave sem portão estendida em pedra fria...
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Acho que conheço a alma das borboletas e acho que elas sabem disso, já percebi, sempre há uma me observando...
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Duas vidas que se amam entalhando o testemunho da luxuria do que foi o agora vazio lugar.
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