Felicidade tão perto, voraz
percepção do novo,
tempo bastante para desperdiçar
o hoje.
Vivas lembranças do ainda
ontem,
o amanhã tão longe.
Sabor de morango, chuva
no quintal.
Latido de cão,
a rã no bolso da calça
- nada mais natural,
mamãe...
Atiradeira invencível,
pedaços de vidro
espalhados pelo chão.
O cheiro de hortelã,
pipa no ar.
Caminho de terra,
relva úmida,
a casa da vovó.
Um silêncio estranho,
familiares distantes chegando.
- Papai...o vovô
não quer mais brincar.
Bola de gude, bola de meia
a correr pela rua,
sempre no rastro
da lua cheia.
- Menino, já para cama!
O quarto-esconderijo, prendendo
minhas asas de anjo.
Medo do escuro,
segredos no porão.
Mariazinha não tem medo não...
O primeiro beijo é assim mesmo?
Ah!... nunca mais viver
aquela sensação.
Liberdade até andar
entre gigantes.
Será que um dia ainda vou?
Natal de muitas
árvores,
presentes tão bons e tantos.
Mamãe chorava
nessas horas...
meu pai escondia o pranto.
Quando eu crescer, quem sabe?
De repente, estampada no palavrão
- maioridade -
o prenúncio da dor.
Acabou-se o que era doce...
Quero voltar, por favor.
"Felicidade tão perto, voraz
percepção do novo,
tempo bastante para desperdiçar
o hoje.
Vivas lembranças do ainda
ontem,
o amanhã tão longe."
Caminhei por estes dias de meninice junto com você.
Tanta ternura e saudade revelam que a infância nunca nos deixa, felizmente.
Lindo e emocionante poema!
beijos
Tempo que se foi, tempo que se vai, mas que o grande escritot Flavio Vila- lobos registra o momento passando de forma magistarl. como se fosse presente, é muito mais que inspiração é vocação nata de um grande escritor. Parabéns
Coluna do Domingos · Aurora, CE 7/9/2008 22:08
Eu também quero...
Mas Peter Pan não existe.
Que triste
Um abraço
Flavio
quanta ternura nestes dias de
infancia que não voltam mais.
E crescer não é bom,
a maioridade trás responsabilidades,
dor e revolta.
bjssssss
Meu querido,quanta ternura em teus versos.
Ah! se eu pudesse nunca ter deixado de ser criança.
Deixo meu imenso carinho por ti.
Querido Flávio,
tão ternas e belas as suas lembranças
de um tempo tão bom e distante...
Quem dera pudéssemos voltar...
Gostei muito. Votando.
Abraços
Lindo, lindo demais.
Que doce infância.
Adorável.
Perfeita construção que envolve tamtas coisas bonitas!
Lindo!
A mãe presente, o filho reinante e reinando, a felicidade de natais tão já longes e tão perto do que almejamos ainda hoje...mas hoje...só um sorriso maroto daquele que foi menino....e a esperança...
lindo....lindo....
Saramar, Domingos, Edimo, Doroni, Clara, Walnizia, Náthima e Cintia:
Agradeço mais uma vez votos e comentários. Valeu!
Grande abraço!
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