a cidade vadia estendeu sua mão
e me deu certo amparo: um farrapo e um chapéu
um sabor de anteontem, solvendo o de fel
e uma barba que esconde-me o couro, o borrão
abro mão de qualquer posição favorável
contentando-me em ter um nariz como escudo
que ora despe meu ego e me faz quebrantável
ou me envia tal qual quebra-gelo ao sisudo
troco idéias com Chaplin ou Lewis
me confino com o Emmett Kelly
as saídas sutis?
escrevi sobre a pele
não limito os meus pés a vagar
peito aberto, meus podres à mostra
atiço teus vermes
destampo-te as fossas
...
não limito os meus pés a vagar
peito aberto, meus podres à mostra
atiço teus vermes
destampo-te as fossas
Olá etc
Estive no seu blog e vi algumas poesias irretocáveis. Tomo por exemplo esta e meridiano. Voce é um ótimo poeta. Parabens
Um abraço
EG
(gargalhadas!)
Porra!!!
De verdade, eu acabei de largar o meu raro exemplar de "O sorriso ao pé da escada", de Henry Miller. É o único romance dele, que só escrevia sobre as próprias experiências e aquelas que deram de presente pra ele.
Cacete! Este livro é um fantástico relator deste amor fatal que só um clown é capaz de personificar (para em seguida ser destruído por ele).
Malandro, esteu teu texto cairia bem como prefácio dele.
Palhaço Surubim diz "Quando alguém me diz: 'meu filho tem medo de palhaço' eu replico: 'pois o meu tem de advogado". É lindo!!!
O corpo de um clown é território amorfo como você bem soube figurar. Não pertence mais a ele. Não é mais possível de ser determinado como algo ou alguém.
O corpo de um clown é território mil vezes consquistado e desprezado.
Um palhaço, dentro desta sua condição de palhaço, já não possui mais um corpo: transforma-se num movimento, num puro movimento para em seguida se diluir em si mesmo.
Foi isso que teu texto me causou.
Do caralho!!!!!
Porra, bixo.
Até que garimpar por aqui tem dado bons resultados, apesar de todo o tempo que tenho que caminhar por paragens tão árias de VIDA!!!!
É um porre ter que ficar aqui lendo estes lamentos de "oh, minh'alma profunda tão abatida por este mundo cruel que não me compreende" ou então "querida amada minha e meu amor querido que me ama porque eu te amo e sei que nosso amor será eterno amor como é eterno o amor que eu sei que você sente por mim eu sinto por você..." e essa porra toda que segue.
Perdão pelos arroubos apaixonados que tenho quanto à má literatura ("má" no sentido de não bem escrita), mas é que realmente fico saturado com tantas coisas ruins ao mesmo tempo (inclusive algumas das coisas que publico aqui. E já digo de antemão que sei de minhas qualidades. Tenho algumas coisas que eu acho mesmo muito boas, mas a maior parte é um bocado sem graça mesmo.)
Velho, já escrevi demais para dizer o que qualquer um pode notar: o teu texto é foda.
Até depois.
Fico muito feliz com tuas palavras, Edimo.
Muito obrigado e volte sempre!
Abraço
Carlos ETC
http://interludios.blogspot.com
Fala baixo, Escaleno! Tá doido?! Assim o pessoal vai achar que aqui tem ouro! Tem é tolo! (risos)
Ó, tem muita coisa boa aqui, velho! Verdade que, na minha pobre opinião, quando eu comecei aqui no Over tinha muito mais...
Vou procurar essa obra do Henry Miller... fiquei curioso!
Abraço
Carlos ETC
http://interludios.blogspot.com
Escaleno falou bem mes, tem de monte coisa esquisita chorada e restrita, mas garimpo é ofício também e me leva pra textos e imagens pra lá de instigantes tem horas arrepio até...
Bia Marques · Campo Grande, MS 5/2/2010 10:59
Fico feliz demais, Bia!
Mais uma vez, obrigado!
Abraço
Carlos ETC
http://interludios.blogspot.com
Teus Poemas pululam de Vida. Infinitamente belos e verdadeiros meu amigo. Sucessos !
Luz e Paz. jbconrado.
Valeu, Ayruman!
Abraço
Carlos ETC
http://interludios.blogspot.com
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