O Pagode da masseira de Tereza Felix

O Pagode Alagoano

É igual ao coco alagoano, só mudando o sentido da brincadeira e o ritmo do tropel. A brincadeira acontecia quando iam construir uma casa de taipa, onde juntava homens, mulheres e crianças para fazer a tapagem da casa e amassar o barro.

Os homens cavavam um buraco para tirar o barro e mulheres e crianças carregavam o barro para dentro da casa. A tapagem era regada de muita cantoria, comida e bebida. Segundo o mestre Venâncio Amorim do pagode Tira Teima do bairro do Tabuleiro dos Martins.

Temos o pagode da masseira muito famoso, segundo Mario Francisco de Assis, conhecido como mestre Verdilinho, é uma música que foi feita numa festa de farinhada, quando o pessoal bota mais de 2000 quilos na prensa aonde a massa vai enxugando até começar a rugir como se estivesse sentindo dor.

Os instrumentos usados para tocar o pagode são: pandeiro, ganzá e buziga (um tipo de peneira).
Além do pagode "Tira Teima", temos o pagode "Comigo Ninguém Pode" da mestra Hilda Maria localizado na Chã de Bebedouro.

letra: A Masseira
“A masseira tá doente
tá gemendo com uma dor. 2x
porque até a masseira geme
quanto mais quem tem amor”. 2x

“Ói a masseira.
e novamente,
olha o tripé,
prá não errar,
pisa de novo”.

Essa gravação é o resultado de um trabalho de 1 ano de educação musical com os jovens atendidos pelo projeto guerreiros da vila.
Gravação feita artesanalmente falando, com os poucos recursos disponíveis, ou seja, um computador e um microfone do mesmo.
Tido Moraes: Professor de música do CEASB.