No comboio fumacento...
O mesmo comboio,
que um dia me esqueceu
na estação
sem malas,
sem idade,
ansioso para mergulhar
no mais profundo
do único olhar,
do único mar...
O mesmo comboio,
que um dia levou
pelos montes verdes
e pelas planícies
onde a vida se faz gente,
o casal encostadinho
chamegando reza,
carinho,
em romaria de dois...
O mesmo comboio,
que um dia
escreveu no céu
através dos silvos
bradados,
vapores de esperança...
O mesmo comboio,
que um dia
rangeu lamentos
nos trilhos enferrujados,
ao som dos acordes
da gritaria e dos acenos
dos lenços vermelhos
da mocidade...
No mesmo...
Comboio fumacento
desafiante das estações
do tempo,
que o poeta está.
Quieto,
olhando pela janela
o reflexo do próprio
olhar,
que um dia cravou
no seio da alma amada...
O olhar, que de tanto olhar,
acabou por desmarcar
do tempo
o próprio tempo de amar...
No mesmo comboio
para jamais finalizar
a trilogia do olhar
Boa tarde Edson,
Agradecendo a sua passagem e o carinhoso comentário deixado em Conhecendo teu trabalho e amando ler-te. Um poema rico em conteúdo, envolvente e muito bem escrito. Meu caro por aqui sobeja poesia!
"No mesmo comboio
para jamais finalizar
a trilogia do olhar"
Parabéns!
Votei com parzer.
bjs n S2
E esse tempo que vai pssando qual um
Edilson,
e pelos olhos do poeta passa
o camboio trazendo lembranças
de um tempo quase esquecido
que não mais se refaz
belo poema.
bjs
Olá, grato pela visita e comentário!
Abraços
Edilson Jose
É a trilogia do amor, né nao?!
amar.....se perder.....se encontrar.
gostei mto.
bjsssssssssssssss;)
Sim, é a trilogia do amor!
Grato Claudia
Bjs
Edilson Jose
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