25 anos de Garantias e Ameças

(CC BY-SA) Mídia Ninja
povos indígenas ocuparam a Esplanada dos Ministério
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Nós Ambiente · São Paulo, SP
6/10/2013 · 11 · 3
 

Hoje iniciamos uma nova semana, para trás ficaram dias de danças, gritos, força, coragem!
Cinco dias de muita garra! Essa foi a Semana de Mobilização Nacional Indígena.

Os dias passam, mas nas lembranças recentes ficam os momentos de mobilização, rituais, assembleias, danças, costumes e um banho de cultura, em quem esteve presente na Semana de Mobilização Nacional Indígena, dentro do acampamento dos povos que aconteceu na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional (DF).

Foto 01

Em meio a tanta opressão, não restaram aos povos da Floresta ocuparem o cimento da ‘civilização’ para reivindicar direitos que teoricamente estão garantidos na Lei Maior de nosso país, a Constituição Federal, que ontem completou 25 anos de promulgação.

Como forma de protestos, munidos de extrema habilidade tática e de logística, ocuparam vários pontos de Brasília ao longo da semana, sendo um dos principais atos que importa ser citado a tentativa de entrada no Congresso Nacional, onde foram reprimidos com brutalidade pela polícia militar do DF, lugar este que abriga a bancada dos ruralistas, que em nome do grande Agronegócio, coloca em risco os direitos dos povos originários.

Enquanto lideranças e representantes de diversos povos indígenas e quilombolas de todo o Brasil estavam no acampamento em Brasília, muitos parentes em outros pontos do país fechavam estradas, BR’s, e ocupavam outros espaços de modo pacífico em forma de apoio e mobilização local. Também contando com apoio de parentes da América Latina, a luta desses últimos dias foi bem ramificada.

Como era de se esperar, durante os protestos foram diversas vezes reprimidos pelo Estado, que de forma inconstitucional violava seus direitos a manter sua cultura própria, sempre indagando pelo porte dos arcos, flechas e bordunas, e ao mesmo tempo sendo dificultada sua entrada em diversas repartições públicas, como o STF por conta de suas “vestimentas inadequadas”.

Foto 02

Válido lembrar também o modo brusco e pouco amistoso com o qual a PM os recebeu em frente ao Congresso Nacional, usando spray de pimenta, ou como os policiais da guarda do palácio do planalto reprimiram um dos caciques que pulou a cerca para subir a rampa, como forma de demonstrar que os indígenas estavam ocupando Brasília.

Foto 03

Enfim, não há como negar a incapacidade do Estado brasileiro em respeitar e dialogar com a diversidade de brasis que temos dentro desse país. Somente com muita luta dessa minoria, que na verdade é maioria, vamos encontrando o caminho por entre as pedras do capital e da burocracia, coisas que andam bastante unidas ultimamente para viabilizar interesses obscuros. Por isso, após tantos gritos, aprendamos a gritar igualmente e juntemos esforços a indígenas, quilombolas, agricultores familiares, pobres, enfim, a todos aqueles que sempre tiverem seus gritos abafados por aqueles que têm nas mãos o poder que deveria ser representativo. Mas, representatividade em nosso país não existe afinal, não é mesmo?!

Foto 04


Enfim, não há como negar o sucateamento do Estado em prol dos grandes poderosos, que ocupam parte fundamental na estrutura de organização estatal, concentrando-se principalmente no Congresso Nacional, responsável por legislar e fazer cumprir a Constituição Brasileira, e no que se tange a direitos básicos, garantidos há 25 anos atrás pela mesma, pouca coisa foi cumprida, e muito há de ser feito.

Vivemos em momentos estratégicos e decisivos em nossos país, onde em uma única semana podemos ver, e vivenciar que tanto os povos tradicionais e originários, quem primeiro estava aqui e hoje luta para preservar seus modos de vida e sua cultura, como os professores, responsáveis por auxiliar na educação de todos os brasileiros, vão às ruas clamando por garantia de direitos sociais e são fortemente oprimidos por não calarem. Temos de fato uma democracia no país?

Agora, mais do que nunca temos que estar junto, as contrações sociais de junho, revelam a insatisfação de um modelo que não esta mais dando certo, onde as mudanças são gritantes, e a necessidade de se melhorar o modo como os processos são feitos e enorme. Seguimos em frente, a mobilização não acabou e nunca acabará, foi só um pequeno demonstrativo de que está apenas começando. O Abril Indígena vem ai!

Foto 04

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Sinvaline
 

Sim, a moblização indigena não acabou, vamos à luta!

Sinvaline · Uruaçu, GO 8/10/2013 10:35
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ayruman
 

ayruman · Cuiabá, MT 10/10/2013 20:18
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Emanuel Sobreira
 

Vamos a luta...Sempre

Emanuel Sobreira · Parati, RJ 18/10/2013 11:04
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