CATUCA-HIT com Tamborileiros de Semba

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Carla Fabianny · Salvador, BA
17/10/2006 · 4 · 0
 

PRODUÇÃO CIENTÃFICA, TECNOLÓGICA E ARTÃTICA/CULTURAL
Produção Bibliográfica



Textos em Jornais de noticias
Sales, Carla Fabianny Ramos. Com-Fusão: Catuca-hit. Jornal da Imprensa, Goiânia, p. 19-19 12 ago.2001. Referências adicionais: Brasil/Português; meio de Divulgação: 12/08/2001.







MUSICA
TAMBORES RECICLÃVEIS DE SEMBA




Catuca-hit é um movimento percutronico (percusão com musica eletrônica), que por meio da utilização de diversos objetos sucateados e confeccionados, pretende evoluir numa perspectiva de recriação dos sons semelhantes àqueles produzidos por instrumentos de percussão, visando à fusão de ritmos e canções do imaginário popular.
Trata-se, com efeito, de uma pesquisa, cujo objetivo principal consiste em recriar e reinventar signos urbanos de fontes diversas e variadas, a saber: o uso de materiais de segurança, de sinalizações de estradas e rodovias, entre outros.





A reciclagem artístico-criativa-industriada desses materiais, permitiu, naturalmente, a evolução de uma idéia, num primeiro tempo, artesanal à uma pesquisa mais elaborada e exigente, feita por Carla Fabianny, que pretende estabelecer paralelos entre esses signos visuais e uma investigação musical ancorada na contemporaneidade dos sons eletrônicos. Em termos técnicos e formais, e através de movimentos específicos, operando pela associação de nomenclaturas, a exemplos de movimentos de parada, de desvio, marcha de entrada e condutas de segurança, a pesquisa coaduna esses elementos numa espécie de bricolagem tendo como suporte os ritmos tradicionais e variados, oriundos das mais longínquas regiões do Brasil, como Abaianado, Folia de Reis, A Chula do Recôncavo Baiano, O Côco do Ceará, Vitalino e seus Zabumba ( Caruaru) etc.
Para além do seu aspecto inovador e da originalidade da sua proposta, o movimento Catuca-Hit , pode remeter à questões que dizem respeito à relação entre arte e identidade nacional, manifestações artísticas e construção da identidade (étnica, social, nacional) ou ainda às discussões sobre cultura popular e resistência, folclore e tradição, evolução e preservação cultural.
Por fim, Catuca-Hit, interroga os modos, cotidianos e extra-contidianos, como grupos ou indivíduos se comportam, pensam, representam-se e expressam-se, no caso, através da música, seus ritmos, sons e movimentos; discute a vida em curso, transformada em matéria de fruição estética e reflexiva da arte.











A CONCEPÇÃO DOS FIGURINOS









Reflexo das mais conturbadas situações do caos urbano contemporâneo aliado a pesquisa de ritmos e gestualidade do folclore baiano a artista Carla Fabianny mergulha nesse imaginário de cabeça numa tentativa de resgatar tradições da nossa cultura popular fazendo recortes e colagens na sua pesquisa musical intitulada CATUCA HIT. Apropria-se de ícones representativos do caos urbano de onde extrai subsídios matéricos para composição do seu instrumental percursivo, partindo do princípio do não fracionamento do pensamento artístico reúne profissionais das diversas áreas : Fotografia, Figurino, Make up , Hair , etc .com o intuito de tornar a sua Catuca pluridisciplinar.
A concepção dos figurinos remete-nos a urbanidade material expressas em telas de proteção, sinalizadores de trânsito, apitos e cores fluorescentes enquanto que a solução formal tem sustentação teórica nas investigações da cultura popular baiana objeto de pesquisa tanto da CATUCA o que fez dessa proposta uma relação de extrema sintonia. O figurino tira partido da iconografia urbana do trânsito aliado a transparências, praticidade e leveza que conferem a peça possibilidades infinitas de movimentos.

Ensaio fotográfico realizado com o intuito de produzir acervo visual para divulgação da pesquisa CATUCA HIT.

Contatos:
carlafabianny@bol.com.br
santissimatrindad@hotmail.com.br







Pesquisa Coreográfica e Performance do Espaço Cultural Intinerante Catuca-hit

Coreografia não-violência

NÂO VIOLENCIA , coreografia é um solo tem a duração de 5 minutos Musica Bolero de Ravel com Stanley Jordan (SAMPLER) acompanhados pelos Tambores Reciclados de Semba idealizados por Carla Fabianny feitos de túneis, cones de sinalização e sinalizadores e capacetes.
ESTILO Buscando mixar duas vertentes estéticas: neoclássica nas intenções dramáticas. Na curva exuberante e cuidada técnica. O pós-moderno nos cortes bruscos, nas quebras ou breaks dramáticos, quase brechtianos, nos movimentos que remetem a um gestual, nas referencias aos conteúdos neuróticos existentes. O figurino idealizado por Carla Fabianny, pintura da mangueira Kennedy Salles, pintura tecido Diamantino; Simbolizando um feto com cordão umbilical.
Participação especial; dois percussionistas




Texto:

100 mulheres foram estupradas e violentadas com mangueiras e garrafas plásticas no ano de 97, violentadas e seguida de gravidez indesejada sem direito ao aborto. Diante de fatos chocantes como aborto e estupro, somos obrigados a redefinir - ou relembrar – o que significa “ser humanoâ€. A livre expressão alcançada pelas mulheres, através das laboriosas conquistas do nosso século, representa uma garantia de que as grandes questões não serão esquecidas. Diga não a violência o discurso da mulher que procura uma vida melhor é um convite permanente á melhoria da humanidade.




A COREOGRAFIA

O Que é o Amor é uma coreografia que pretende expressar a complexidade do amor. Não é uma pergunta. Antes, é uma exposição da ordem e do caos que regem as relações de amor. Nessa composição coreográfica, o ponto de partida é a alternância cíclica dos encontros e desencontros. Dois bailarinos desenvolvem a dinâmica do relacionamento amoroso em movimentos que buscam expressar tanto os momentos de conflito quanto o de harmonia. As situações apresentadas podem ser associadas ao contexto afetivo sexual entre homem e mulher. Entretanto, essa livre interpretação admite as múltiplas possibilidades do amor. Sempre sujeito a instabilidades, ainda que em contextos fraternais, como nas relações entre irmãos, amigos, pais e filhos ou no contexto de comunidade, quando os interesses individuais entram em confronto com o amor pela humanidade.

ESTILO O Bolero de Ravel, na versão de Stanley Jordan, é coreografado em cerca de cinco minutos buscando mixar duas vertentes estéticas: neo-clássica e pós-moderna natural realista. O neo-clássico nas intenções dramáticas nas curvas exuberantes e cuidados técnico. O pós-moderno nos cortes bruscos, nas quebras ou breaks dramáticos, quase brechtnianos, nos movimentos que remetem um gestual cotidiano, nas referencias aos conteúdos neuróticos presentes na relação.


OFICINA CRIATIVA DE CONTRUÇÃO DE INSTRUMENTOS E DANÇA
Carla Fabianny administra o Espaço cultural Itinerante CATUCA-HIT, onde desenvolve projetos socioculturais de reciclagem e oficinas de arte, música, teatro, dança, e artes plásticas, dirigidos para crianças e adolescentes pesquisando e divulgando os ritmos folclóricos brasileiros.

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