DOCUMENTANDO A PRAIA DA PIPA

Filipe Mamede
Praia da Pipa
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FILIPE MAMEDE · Natal, RN
24/4/2008 · 259 · 26
 

Em meados de 2007, a universitária Iva Kareninna da Silva Câmara colocou a mão no canudo quando concluiu o curso superior de Tecnologia em Controle Ambiental com a feitura do seguinte trabalho: Turismo e Crescimento Urbano: Elementos que transformam o ambiente natural de Pipa, município de Tibal do Sul. O referido Trabalho de Conclusão de Curso (famigerado TCC) ganhou nota 9,7 pela excelência na sua elaboração, mas, por se tratar de uma monografia escrita, caiu no limbo das prateleiras da biblioteca universitária.

Atualmente Iva se aproxima do fim do seu segundo curso superior: Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo. Como colega de classe desse curso, acompanhei suas agruras para a confecção da monografia e sabendo da qualidade do trabalho, combinamos de fazer o nosso TCC de Jornalismo juntos, transformando o tal “Turismo e Crescimento Urbano: Elementos que transformam o ambiente natural de Pipa, município de Tibal do Sul”, numa linguagem visual, ou seja, num documentário.

Discutimos os detalhes, preparamos o roteiro e nos demos conta de que faltava uma peça importantíssima. Aliás, várias peças. Basicamente percebemos que não tínhamos câmera para filmar o trabalho. Além disso, nos deparamos com um fator chamado ‘preço’. Preço de aluguel de equipamento, preço de fita, preço de edição e preço de sabe-lá-Deus o que mais... Foi aí que entrou da jogada o meu querido colega Bruno Marques. Além de termos estagiado juntos na Pró-Reitoria de Extensão da UFRN, Bruno é um dos editores de imagem da TV Universitária, ao passo que eu sou um dos repórteres que a casa dispõe. Ele se afeiçoou ao trabalho e tem nos ajudado, praticamente, na base da camaradagem. (Isso existe ainda. Aleluia!)

Com uma câmera na mão e uma idéia na cabeça, fizemos a nossa primeira visita à Praia da Pipa com o objetivo de percorrer os mesmos caminhos que Iva percorreu, mas dessa vez, percebendo a realidade com as lentes registradoras de uma filmadora digital. Nesse primeiro encontro com nosso objeto de análise, procuramos entrar em contato com os principais eixos temáticos que o nosso documentário deve abordar. Um deles é a história do lugar.

PEDRA DO MOLEQUE: A ORIGEM

A Praia da Pipa também foi chamada de “Ponta do Cabo Verde”, pela visão admirável da Mata Atlântica que se tinha ao longe. Hoje o local é conhecido como Pipa, designação atribuída ao formato de uma rocha num dos seus pontos extremos, a Pedra do Moleque, que se assemelha a um barril de vinho ou cachaça, uma pipa.

Fizemos imagens dessa pedra, mas, para termos a mesma perspectiva que os navegantes tiveram em épocas remotas, invariavelmente, teríamos que encarar uma viagem de barco. Nesse caso, o único empecilho seria uma palavra de cinco letras à qual já me referi aqui: preço. Pois é. O preço cobrado por um passeio de barco na Praia da Pipa, pelo menos, para mim, um reles universitário, fica pela hora da morte. Mas, à exemplo da câmera, conseguimos a viagem de barco graças à Dona Conceição, mãe de Iva. Por ser freqüentadora da Praia há mais de duas décadas, ela conhece alguns pescadores, como é o caso de Damião, nosso barqueiro anfitrião.

DO BARCO

Em relação à pequena viagem de barco, a idéia era sairmos de Pipa e nos encontrarmos com Damião no Porto de Tibal do Sul, município do qual Pipa faz parte. Damião aceitou nos levar até as proximidades da Pedra do Moleque para que pudéssemos fazer umas imagens da Pedra que deu origem à Praia. Queríamos captar, de repente, uma imagem parecida com a vista, cujos navegantes tiveram em épocas outras.

Mas antes de zarparmos, tivemos que esperar, além da maré encher, os pescadores terminarem de fazer alguns reparos no barco de Damião. As duas horas que ficamos à mercê do mar foram então aproveitadas para observar um pouco da lida daqueles homens do mar. A primeira coisa que chamou nossa atenção foi o zelo que eles têm com seus barcos. Apesar de rudes, o cuidado com a estética da embarcação é permanente.

Quando ainda não havíamos chegado ao Porto, Damião e seus amigos já tinham pintado uma das laterais do barco. Agora era preciso pintar a outra. Eu e Bruno ajudamos a desvirar o barco e, a partir daí, outra coisa nos fisgou o pensamento. De repente, um dos pescadores que trabalham com Damião pegou uma espécie de maçarico e ateou fogo no fundo do barco. Como pretenso jornalista não poderia deixar de perguntar para que diabos servia aquela prática.

Luis Antônio de Lima, pescador desde os doze anos de idade, diz que essa técnica serve pra tirar “as doença que dá na madeira do barco”. Ele nos disse ainda que “antigamente isso se fazia com palha de coqueiro. Aprumava o barco, botava palha dum lado e oto e tocava fogo”. Não demorou muito e Luis sentenciou: “Agora com bujão ficou primeira”.

DEIXANDO A PESCA

Depois de um breve histórico da Praia, refletir sobre os impactos sociais seria, também, outro eixo temático. E um exemplo patente de atividades que sofreram mudanças com a expansão do Turismo é a pesca. No pequeno trajeto entre os portos de Tibal do Sul e Pipa, perguntamos sobre como era atividade pesqueira da região. Francisco Barbosa, irmão de Damião, nos conta que antigamente no porto da Pipa ficavam abrigados cerca de 90 barcos, cada um dando emprego à, pelo menos, três homens. “Hoje esse número caiu mais da metade. Ninguém quer levar mais a vida sofrida que pescador leva”. Pensando dessa maneira, Damião e Francisco já começaram a incrementar sua profissão. Além da atividade pesqueira, os irmãos promovem agora passeios e alugam o barco para pesca esportiva.

PIPA COMO ESPAÇO NATURAL E SOCIAL

Se antes a Praia da Pipa chegou a se chamar Ponta do Cabo Verde pela exuberância da mata, hoje, o que se vê são as construções irregulares que foram erguidas na cidade. A a especulação imobiliária, a descaracterização do lugar, fazem parte de mais um dos eixos temáticos que pretendemos abordar. Munidos da câmara filmadora e da minha câmera fotográfica para fazer uma espécie making-of do documentário, captamos diversas imagens de moradias (Algumas são verdadeiras manções), no meio da Mata Atlântica.
Como objeto de análise, a Praia da Pipa oferece uma gama variada de percepções. Como tudo na vida, o lugar se caracteriza pelos seus prós e contras. Pois, se por um lado, a Praia deixou de ser um simples reduto de pescadores e agricultores, sendo hoje, um lugar onde é possível se ter certa mobilidade social, por outro, problemas como o mau uso da paisagem, crescimento urbano acelerado, violência e perda de identidade, se fizeram presentes.





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coment�rios feed

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FILIPE MAMEDE
 

Fizemos a primeira visita à Pipa entre os dias 18 e 21 de Abril. Temos, pelo menos, mais cinco viagens planejadas ao local. Da próxima vez começaremos a fazer entrevistas propriamente ditas. Dos relatos que pretendemos colher, esperamos refletir sobre o uso da paisagem, as mudanças sociais e econômicas do local.

FILIPE MAMEDE · Natal, RN 21/4/2008 23:11
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Helena Aragão
 

Oi Filipe,
Parabéns pela iniciativa. Imagino que seja difícil mesmo fazer o filme sem $, mas tenho certeza que vocês vão se orgulhar muito dele quando tiver pronto. E tem razão: talvez seja uma opção à monografia tradicional, há menos risco de ficar restrito às prateleiras da biblioteca da faculdade. (Se bem que é possível postar tanto TCCs quanto filmes no Overmundo:)

TOmara que você tenha tempo e disposição de fazer uma espécie de diário de bordo do filme e postar por aqui! Abraço

Helena Aragão · Rio de Janeiro, RJ 22/4/2008 17:15
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FILIPE MAMEDE
 

Oi Helena. Obrigado pela leitura prematura. Foi exatamente nisso que pensei quando resolvi postar aqui nossas primeiras impressões da Praia. Pretendo fazer aqui uma espécie de prestação de contas do que estamos desenvolvendo.

FILIPE MAMEDE · Natal, RN 22/4/2008 17:31
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Higor Assis
 

Amigão, estou na mesma barca.

Para não ficar nas prateleiras resolvir produzir um documentário também. Por isso fui até PE e estou na labuta por ele, mas tenho certeza que terei muitos aprendizados e depois de concluido o sonho será vingado.

Um abração e boa sorte ae!!!

Higor Assis · São Paulo, SP 23/4/2008 08:52
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FILIPE MAMEDE
 

Pois é Higor, nos últimos tempos tenho me aproximando bastante da área do audiovisual. Primeiro por que há pouco mais de um ano faço parte do quadro de repórteres (estagiários) da TV Universitária da UFRN, depois pela curiosidade mesmo. Uma monografia escrita é uma coisa de, certo modo, muito restrita. Imaginem só, no meu caso, uma exibição em praça pública para todos os moradores da Pipa. Uma monografia escrita impossibilitaria qualquer ação do gênero.

Abraço.

FILIPE MAMEDE · Natal, RN 23/4/2008 09:16
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Andre Pessego
 

Felipe,
"voce não está documentando" - na verdade voce está agitando as pessoas para se mudarem pra Natal. Que inveja de voce ter logrado exito de sair de Gurarulhos, para .
Vou reler.
dar uma olhada. aqui
www.overmundo.com.br/banco/carta-por-isabela href="a">

Andre Pessego · São Paulo, SP 23/4/2008 22:36
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Andre Pessego
 

Na verdade não é assim. É assim.
www.overmundo.com.br/banco/mae-carta-por-isabela href="este">

Andre Pessego · São Paulo, SP 23/4/2008 22:37
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Spírito Santo
 

Filipe,

Boa idéia! Um relato, passo a passo do seu TCC com esta linguagem vai servir de 'bula' para muita gente. O Making off (filmado) dos registros também, todos os detalhes da construção do trabalho, de omo foi feito, os percalços, etc. serão muito úteis, além, é claro, da descrição que você seguirá fazendo aqui, enquanto a gente aguarda o filme, propriamente, dito.

Grande Filipe!

Abs

Spírito Santo · Rio de Janeiro, RJ 24/4/2008 09:48
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azuirfilho
 

FILIPE MAMEDE · Natal (RN)
DOCUMENTANDO A PRAIA DA PIPA

Um Trabalho muito bem feiro.
maior orgulho paratodos nós.
Uma Glória para o Overmundo.
Um texto muito agradável de ler.
Uma Regiáo de muito interesse de todos nós.
Gosteii muito tem todo merecimento.

azuirfilho · Campinas, SP 24/4/2008 10:12
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Renata Silva
 

ola, não conheco esta praia mais que famosa, mas acredito que isso tudo eum pouco mais, um amigo meu viajou e ficou encantado.
todo lugar nos traz descobertas impares... Viajar e viver

Renata Silva · Aracaju, SE 24/4/2008 10:57
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LAILTON ARAÚJO
 


AMIGO FILIPE!


É interessante a forma como você constrói a reportagem. Existe a denúncia social... Mas, o texto continua leve. Dá vontade de embarcar no velho e bom "Itapemirim" - comendo farofa com frango assado durante três dias e jogando conversa fora (lembra?) - e mergulhar neste paraíso tropical chamado de “Pipa”.

Meu caro e talentoso jornalista das coisas boas da vida... A matéria vale 10. A natureza agradece com notas graúdas... Hotéis trazem conforto! Acho dispensável! Cabanas de pescadores, barcos, praias virgens e costa litorânea intocáveis são sonhos... “Resorts” podem virar pesadelos... Eu fico com a "natura". Sou conservador nos assuntos de preservação ambiental. As praias brasileiras viraram condomínios fechados. Os nativos não participam da distribuição dos lucros de tais empreendimentos. Nossos filhos e netos serão prejudicados... A mãe natureza não perdoa tal afronta!

Você e a menina "Iva Kareninna da Silva Câmara" acertaram na "mosca". Ela é bonita? (rsrs)

Bem... Deixo meu abraço "pro cês"!

Parabéns!

Lailton Araújo

LAILTON ARAÚJO · São Paulo, SP 24/4/2008 11:07
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FILIPE MAMEDE
 

Pois é Laílton, a Praia da Pipa precisa aprender noções de sustentabilidade. Os Resorts não vão sair de lá. Os pescadores nunca mais serão simples homens do mar. A realidade se tornou mais complexo. Toda essa cadeia precisa ser repensada. Defendemos a tríade: Natureza, desenvolvimento sustentável e cultura.

Agradeço também pelas visitas de André, mestre Spírito, Azuir, senhorita Renata e a você, grande Laílton.

Minha idéia é manter os overmundanos informados sobre este trabalho.

Um abraço.

FILIPE MAMEDE · Natal, RN 24/4/2008 11:18
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Cintia Thome
 

Estive aqui ontem desvendando esta praia de bom texto. Interessante você nos brindar com o passo-a-passo de seu Trabalho de Conclusão de Curso, pois não é fácil a sua escolha e além do mais que estudante sofre, pois não tem recursos suficientes para bancar, sejam próprios ou da universidade, mas vale o companheirismo, as amizades que formamos nesta época.
Bom, Jornalista você já é...e escolheu o mar, nada parecido com o amor de sua Tia, Poetisa Zila Mamede, não é? Coincidências? Agradeço, mas agora Felipe, disponibilize uma passagem pra mim, pois você vendeu o peixe, rs
Jornalista quando é bom, "vende o peixe"...
Parabens a equipe!
bj

Cintia Thome · São Paulo, SP 24/4/2008 12:33
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clara arruda
 

Quem sou eu para comentar?
Deixo apenas meu incondicional afeto e votos(palavra que fui obrigada a abolir do meu curriqueiro dicionário(

clara arruda · Rio de Janeiro, RJ 24/4/2008 13:03
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jjLeandro
 

Com certeza um belíssimo trabalho, Filipe. Tenho tb certeza que seu trabalho vai às alturas, mesmo que PIPA aí tenha sido posto em referência ao tonel para líquido.

Um grande abraço e sucesso.

jjLeandro · Araguaína, TO 24/4/2008 13:34
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BRUNO.MARQUES
 

o projeto começou agora, temos muito trabalho a fazer, espero conseguir, junto a filipe e iva, atingir objetivos que proporcionem uma justiça social ao povo de pipa. outro ponto que pretendemos abordar neste doc é a questão da cultura local, ultimamente perdida e desvalorizada pelo seu próprio povo, fruto da recolonização das últimas décadas. as dificuldades serão muitas, como em todo projeto audiovisual, mas o proposito a que estamos lidando está acima de qualquer empecilho.

fui...

BRUNO.MARQUES · Natal, RN 24/4/2008 18:18
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Saramar
 

Felipe, em vista da minha atividade de revisora, já ando acostumada a sofrer as angústias dos estudantes de graduação e pós graduação, durante a realização dos seus trabalhos finais. Como você demonstrou, a questão do financiamento é determinante para a qualidade final daquilo que sonham construir.
É uma sorte vocês terem encontrado pessoas suficientemente interessadas neste belo trabalho e é sorte nossa que o seu "caderno de campo" seja mostrado aqui no Overmundo.
Obrigada.
Desejo sucesso a ambos porque, certamente, o resultado será ímpar.

beijos

Saramar · Goiânia, GO 24/4/2008 20:16
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Rute Frare
 

Muito boa! gostei realmente da ideia.
Ficou excelente.

Beijão

Rute Frare · São Paulo, SP 24/4/2008 21:39
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crispinga
 

Beleza de trabalho, Felipe. Um futuro brilhante para você! Talento e maturidade!
bjk

crispinga · Nova Friburgo, RJ 24/4/2008 21:48
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FILIPE MAMEDE
 

Queria ressaltar, antes de tudo, a presença do meu câmera Bruno Marques por terras overmundanas. Ele fez o cadastro no site hoje depois que eu disse que o nosso trabalho estava tendo uma receptividade bacana. Pois bem, seja bem-vindo Bruno, aproveito o coletivo Overmundo, um verdadeiro escambo cultural.

A Saramar citou um ponto interessante que é exatamente a questão da qualidade do trabalho, sendo atrelada a parte financeira. É claro que com dinheiro sobrando, as portas se abrem com mais facilidade, isto é fato. Mas com vontade e garra, a gente consegue tudo. Já preparei várias cópias do projeto e semana que vem as solas do meu sapato terão um gasto excessivo. Pretendo bater algumas portas por aqui. No mais, é fé em Deus e pé na tábua.

Obrigado pela visita de todos. Um abraço.

FILIPE MAMEDE · Natal, RN 25/4/2008 00:32
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analuizadapenha
 

Olá Felipe, feliz e oportuna leitura de Pipa , considerando o impacto causado por seu crescimento desordenado e os resultados para os nativos. Essa permanente falta de planejamento das cidades, o compromisso dos orgãos gestores com o crescimento sustentável , a necessidade de melhorar continuamente a vida de seus habitantes de forma justa e igualitária. Há poucos dias fui em Jericoacoara e senti que houve um desenvolvimento mais planejado . Legal trazer a linda Pipa para o foco. Abraços. Será que ainda por lá vive " Lindo Olhar"... rs. Conheces a estória do cara? Fica para outra vez.

analuizadapenha · Natal, RN 25/4/2008 12:59
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FILIPE MAMEDE
 

Olá Ana. Uma pena que a Praia da Pipa, uma verdadeira vedete do nosso Estado, não tenha, ainda, desenvolvido noções de sustentabilidade plena. Existe sim muitos empresários que fazem um trabalho diferenciado e tal. Mas o grosso...
Quanto à Lindo Olhar, essa figura até pouco atras era visto por lá...

Abraço.

FILIPE MAMEDE · Natal, RN 25/4/2008 14:00
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Adroaldo Bauer
 

Filipe, Iva, Bruno, pipenses unidos, passem na tesouraria da globo para pegar o dinheiro do cachê da pauta que vi matéria sobre a ocupação irregular da Pipa (direito individual x uso comum do povo) na caquética platinada ontem.
Mais sério: de registrar os fatos e dar-lhes asas tantas, em prosa, visual e inteligência é que se fazem as boas reportagens, as necessárias reportagens... enfim, as reportagens.
Parabéns.

Adroaldo Bauer · Porto Alegre, RS 25/4/2008 14:44
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FILIPE MAMEDE
 

Hehehe, é verdade Adroaldo, plagiozinho safado, hein? Mas é isso mesmo, na terra onde nada se cria e tudo se copia, toda reverberação é bem-vinda. Pelo menos dá pra perceber que o assunto tem bastante relevância, né?

Valeu pela visita mestre Adroaldo. Um abraço.

FILIPE MAMEDE · Natal, RN 25/4/2008 18:27
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Gilson Schwartz
 

Cara Iva (que saudade!), Filipe e amigos,

Atuei na Praia da Pipa entre os anos de 2003 a 2007, nada menos que 5 anos, por meio de projetos de extensão universitária patrocinados por Caixa Econômica Federal, Casa Civil da Presidência da República e FINEP - Ministério da Ciência e Tecnologia, sempre tendo como pano de fundo a colaboração entre o meu grupo de pesquisa, a Cidade do Conhecimento (www.cidade.usp.br) e a ONG Educapipa, liderada por Norma Lilian, com quem construímos o telecentro da "Rede Pipa Sabe". Houve sucessos e fracassos, graças a Deus mais sucessos que fracassos. Acumulei um acervo muito significativo de imagens, áudios e, principalmente, relatórios de pesquisa, papers e outros documentos que coloco à disposição de vocês para eventualmente integrar o trabalho de revisão crítica da ocupação da Pipa pelos seres humanos. Aliás, recomendo fortemente que vocês assistam à reportagem mostrada ontem, 24 de abril, pelo Jornal das Dez, da Rede Globo, sobre a ocupação irregular das áreas de praia e falésia na Praia da Pipa. É a sombra mais profunda num local de muito sol (talvez até demais). Ao mesmo tempo, há esforços de grande valor e repercussão, pessoas maravilhosas na comunidade (principalmente entre os chamados "nativos") e sem dúvida, entre amores e ódios, uma das localidades mais fascinantes do nosso planeta. Boa sorte a vocês! Parabéns pela iniciativa e também por trazer o "making off" para o Overmundo.

Gilson Schwartz · São Paulo, SP 25/4/2008 22:11
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azuirfilho
 

azuirfilho · Campinas, SP 12/5/2008 15:54
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Pedra do Moleque, a origem zoom
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