Dubversão Sistema de Som DUB*ROOTS*DANCEHALL

DonSalvatore
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antropobass · São Paulo, SP
10/3/2006 · 0 · 0
 

No Brasil, a partir da década de 1990, o DJ assume um papel central na produção e disseminação da música eletrônica. São eles que "animam" os instrumentos de reprodução sonora através de edições e mixagens que pickups e mixers permitem realizar ao vivo. Porém, no curso e consolidação desta história (cena musical) os sistemas de som foram relegados a segundo plano; relegados à mera estrutura necessária para amplificar o trabalho dos DJs/produtores que aos poucos foram assumindo o caráter de astros do Pop: palco e luzes sobre sua atividade, e toda a mistificação que estes elementos são capazes criar.
Tendo como referência a história dos Sistemas de Som Jamaicanos, principalmente das décadas de 1960/70, o DuBversao Sistema de Som, desde 2002, tem como um de seus interesses, desmistificar a figura do DJ a fim de revelar todos os elementos e atores que deram e, todavia dão vida e dinâmica a esta cultura popular que faz uso dos modernos instrumentos de reprodução sonora: toca-discos, amplificadores e caixas acústicas: aparelhos comuns a todo lar, seja uma vitrola ou radinho de pilha.
Antes de ser um show e/ou espetáculo, os Sistemas de Som são acervos de arquivos sonoros (músicas) disponibilizados em uma espécie de audição pública, mas propriamente, através de uma festa. É um evento sonoro (festa) e também uma experiência sonora. Os sistemas de som fazem da rua e espaços públicos uma arena de dança, audição e apropriação do espaço. Os seletores (DJs) sempre se posicionam no mesmo nível do público (no chão) quebrando a distância simbólica entre atores e espectodores; o mestre de cerimônias (ou animador) anuncia as musicas, conversa com o público e dança com ele; o operador (re)interpreta o som reproduzido valendo-se de aparelhos de efeitos sonoros como reverbs, flangers, deelays.
Tal experiência é dada pela montagem do sistema de som que pretende emergir os ouvintes numa câmara de compressão e descompressão de ar: se Ouve e se Sente o som.
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O dub surgiu no início dos anos 70 quando o reggae já era extremamente cultuado pelos Sound Systems - sistemas de som - nas ruas de Kingston, capital da Jamaica. Prensado no lado b dos discos compactos 45rpm que eram produzidos em larga escala (uma produção extremamente fértil e sem precedentes na história da "música popular moderna"), o dubreggae parte da manipulação das bases instrumentais das músicas originais (remix), dando origem a um estilo de mixagem e produção musical em que se valorizam as batidas instrumentais do baixo e da bateria, juntamente com manipulação de efeitos nas vozes e demais instrumentos, dando um toque psicodélico ao estilo.
Entre os maiores artistas do gênero estão King Tubby, Coxtone Dodd, Lee Perry, Mad Professor, Jah Shaka, Prince Jammy, Augustus Pablo e muitos outros...
Os Sound Systems são festas de rua que surgiram ao longo dos anos 60, período em que o ritmo jamaicano tinha dificuldades, devido às tensões socais e raciais da década de 1970, de desenvolver e dar continuidade a programas de radio, especialmente em Londres, onde residem inúmeros emigrantes caribenhos.

O DubVersão em 2004/2005 realizou suas intervenções sonoras

.2004-no Parque Trianon (Av. Paulista),
.2004-Sesc Pompéia, SESC Carmo,
.2004-Acampamento Irmã Alberta (Movimento Sem Terra),
.2004-Casa das Caldeiras (FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica),
.2004-MIS (Museu da Imagem e do Som – Festival Digitofagia),
.2004-10a edição da TEMP (Temporary Electronic Musik Party)
No ano de 2004 foi feita uma intervenção por mês em distintos pontos da Cidade e Grande São Paulo valendo-se do próprio equipamento colocado na rua.
.2005-SESC Santo Amaro - MostraSESC de artes Mediterrâneo - Praça: lugar de Encontro. a convite de Eduardo Verderame.
.2005-Galeria de arte de rua Grafiteria - inauguração da exposição individual do artista/grafiteiro Higraff
.2005-Casa das Caldeiras (FILE - Festival Internacional de Linguagem Eletrônica) - responsável pelo território 6.

O Sistema de Som conta com 3 selectors: Yellow P (Susi in DuB), Magrão (Stamina Dancehall), que comanda a noite semanal de dancehall (vertente mais digital e acelerada do reggae) e Love Meka; e os deejays Cristopher Lover e a primeira dama Massa Rock além do dançarino e animador Jimmhy The Dancer.

Contamos com duas torres de 2m60cm produzidas artesanalmente:
>4 falantes de 18''; 4 falantes de 12''; 2 cornetas e 4 twiters
>mais periféricos analógicos

donsalvatore@gmail.com

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