Festival International de Jazz de Montreal

Montreal é a cidade dos festivais. Durante todo o ano, uma série de eventos especiais são realizados na mais pluricultural das cidades canadenses.

Os festivais dão a tônica das estações no ano na cidade. Vão desde
eventos locais como a Festa da Neve, que acontece no meio do rigoroso inverno canadense, ao Mundial da Cerveja, onde moradores e turistas podem se refrescar do calor que chega aos 30 graus. E é no meio do ano que o aguardado Festival Internacional de Jazz toma as ruas de Montreal em uma semana de shows que começam de manhã e não têm hora pra acabar.

Trata-se do grande evento turístico da cidade. Ruas são fechadas para os shows ao ar livre e hoteis, bares e restaurantes ficam abarrotados dia e noite. Mas é no palco que o festival se agita. Alguns shows são abertos para o maior número de gente que conseguir se aglomerar na praça dos festivais. Outros, são mais intimistas. Como foi o caso do Donavon Frankenreiter, o chapa bigodudo de Jack Johnson que espalha paz de espírito em seu estilo surf music positivity. O show do Donavon no primeiro dia do festival parecia até uma jam session entre amigos.

No fim do set list, na improvisação final gingada de "It Don't Matter", Donavon convidou uma garota da plateia para fechar a música e o show. E, como um gentleman, a tratou como se ela fosse a estrela.

No lado de fora, a multidão curtia o show gratuito do grupo Beirut. Foi uma escolha inspirada para a primeira noite de festival, já que a banda têm um estilo eclético que vai desde a música folk até músicas da chamada French Chanson.

A tradição conta a favor do evento. No passado, o festival trouxe nomes como Ella Fitzgerald e Miles Davies (esses sim, do jazz roots). E também nomes como James Taylor, Bob Dylan e até Snoop Dog. Para esse ano a programação traz artistas que variam de uma mistura de jazz e hip-hop, como Dramatik, até o até a bossa de Bebel Gilberto.

Montreal respira música. E música da boa.