Todos os olhos em Tom Zé

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Fiorotto · Ribeirão Preto, SP
15/4/2007 · 39 · 3
 

Poucos artistas na história da musica brasileira são tão inventivos e originais quanto o baiano de Irará, Antônio José Santana Martins, o Tom Zé. Tom surgiu para o público brasileiro junto com Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gilberto Gil no movimento tropicalista, no final dos anos 60. Ganhou o festival da canção da TV Record em 1968 com uma de suas mais famosas canções, “São, São Paulo”.
Porém, sua carreira não é feita de grandes sucessos comerciais. Durante os anos 70 e 80, os álbuns de Tom Zé passaram praticamente despercebidos. O grande público não estava preparado para o experimentalismo visceral do cantor. Prestes a voltar para a Bahia para trabalhar no posto de gasolina de seu sobrinho, Tom Zé encontrou seu redentor.
O vocalista da banda britânica Talking Heads, David Byrne, estava no Brasil quando encontrou em um sebo em São Paulo o disco “Todos os Olhos”, de 1973. Byrne ficou impressionado com o álbum e entrou em contato com Tom Zé. Em 1990 eles lançaram na Europa e nos EUA o álbum “The Best of Tom Zé” com uma grande aceitação da crítica e diversos show fora do Brasil. Tom sairá do ostracismo pelas mãos de um escocês. “The Best of Tom Zé” viria a ser considerado pela revista Rolling Stone um dos dez melhores álbuns da década de 90 em todo o planeta.
Tom Zé é dono de um estilo singular. Assim como Hermeto Pascoal, cria seus próprios instrumentos – aos quais chama “instromenzés”. De máquina de tirar pó à placas de madeira, tudo vira música. E música boa. Suas letras já abordaram os mais diversos temas: feminismo, amor, política; sempre apresentando uma poesia assimétrica, criativa e de uma construção incomum. Um estilo diametralmente oposto a João Gilberto ou Chico Buarque, mas de beleza equivalente.
Assim como sua música, Tom Zé é uma figura humana interessante. Suas entrevistas são tão prolixas quanto às de seus companheiros de tropicalismo, Gilberto Gil e Caetano Veloso, contudo sem a mesma empáfia intelectualóide dos mesmos. Tom Zé invariavelmente tem algo interessante a dizer. Seja em uma entrevista, em seus discos ou em um dos seus performáticos shows, ver e ouvir Tom Zé é sempre um ótimo programa.

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Marcelo V.
 

Entrevistei Tom Zé duas vezes: uma em 1995 e outra em 1999. Esta última, publicada no caderno Mais! da Folha de S. Paulo, era não sobre ele, mas sobre o maestro Hans Joachim Köellreuter, seu ex-professor na Bahia, a quem Tom Zé chamou de "Tristão de todas as Isoldas" (querendo dizer que ele tinha o costume de traçar as aluninas; na mesma entrevista, Tom Zé diz que o maestro tinha feito um "colar de cabaço" por ali _claro que esta parte eu não pude publicar na Folha).

Marcelo V. · São Paulo, SP 13/4/2007 20:03
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pedrojunior
 

a genialiadade do Tom Zé é inegavel, sua estupidez tambem! Diametralmente estupido! seu pacifista impostor, pseudo intelectual estudante da faculdade de filosofia da usp, curso que em rib. preto não existe, assim como sua massa cinzenta!
rio preto 2 X 0 botafogo! e a sua irma é uma delícia!

pedrojunior · Ribeirão Preto, SP 13/4/2007 20:38
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pedrojunior
 

Diametralmente devo retificar meu comentario, O curso de filosofia da usp existe sim em ribeirão preto, foi uma falha diametral, porem a massa cinzenta do autor deste artigo ainda nao foi dialmetralmente encontrada.

pedrojunior · Ribeirão Preto, SP 13/4/2007 20:49
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