André Teixeira Aracaju, SE

André Teixeira

sobre o colaborador

Saudações!

Sou poeta, estudante de jornalismo pela Universidade Federal de Sergipe, produtor cultural à frente de dois blogs de divulgação cultural em Aracaju/SE: o PROgCult blog, onde posto semanalmente alguns eventos culturais e artísticos locais, poesia, música, etc, e o recém criado
Lojinha dos Discos, para divulgar os produtos musicais sergipanos.

Ações de livre iniciativa embasadas pela filosofia Ubuntu:

"Na linguagem Xhosa, existe um ditado que diz 'Umuntu Ngumuntu Ngabantu': uma pessoa é uma pessoa por causa de outras pessoas. Eu sou porque você é, e você é porque nós somos. Essa é a essência do 'Ubuntu'.*

[...]

*do site http://www.iofc.org/pt/resources/editorial/3393.html

Não consigo enxergar nem menos nem mais ou menos... enxergo com todos os sentidos que o meu modos operandi, a minha forma de participar e interagir é, necessariamente aqui no Overmundo, seguidora dessa filosofia. Seu significado me veio de estudos sobre Software Livre / ubuntu. Interessado pela etimologia, encontrei Ubuntu.

Sua ideologia permeia esse trabalho, nascido da casualidade(?). Sincronicidades, culminância...

E', decisivamente, um conceito norteador de minhas ações de expressão artística nessa boa casa que e' o Overmundo.

--- seguem trechos de correspondência pessoal que ilustram mais um pouco esse escrever, construindo, `enteiando` o livro que se desenha, composto de todas as obras escritas nesse site.---

- Quando comecei a escrever poesia eu apenas escrevia poesia. Hoje escrevo meu sentimento. E faço-o com paixão como quem ama ama. Entrega `a aleatoriedade do ver/sentir meu para a mídia.

Pessoa , em seu soneto I, dos 35 em inglês, fala da `intransfusibilidade` do sentir. E é nesse altar, o do `Sentir`, que imolo na palavra o peito. Por isso sangra poesias que tentam gritar cantos além do vermelho suposto gritado.

[...] dos seus textos: na pessoas do Bernardo Soares em `Livro do Desassossego`, Nºs 27 e 117, esse do qual Pessoa/Soares fala em `espiral`, ate chegar no falar `tenho vontade de lágrimas` atribuído a uma criança (outra pessoa?), que define bem sua espiral.

`Transe espiritual` eh uma boa espiral que explica o `criar, sem limites e sem preocupação com o senso comum`. O espiritual 'raceado' com a natureza, irmanando-nos, micigenando-nos ao Todo.

E foi no rastro dessa `criança` imaginaria que outra crianca, a do Eduardo Galeano diz: "e la em Montevideo tem uma crianca que diz: "Eu não quero morrer nunca, porque quero brincar sempre."

Vejo-me tambem como crianca, definindo diversos diferentes espirais em cada poema, neles nao querendo morrer nunca
para sempre louvar todos esses sentimentos!

Surreais? Admiro e ate me vejo, usando como `ferramenta` para construir uma ponte de `transfusar` sentires do peito para palavras que pulsem, a surrealidade. Mas tenho uma visao multidisciplinar das coisas, o que explica muita coisa.

[...]

OBRIGADO por tudo,

GRANDE abraço,

A


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Penso que quando defines algo, coloca-o num 'cercado'. Ideal se for animal: vaca, cachorro, etc...
posto que uma idéia limitada, sem possibilidade de se desenvolver e ampliar sua significação de existir, fatalmente tende ao desuso por outra que lhe supere em exatamente potencializar seus sentidos.

Por isso,
pretendo-me uma indefinição!
nas indefinições
que oram minhas
poesias,
e eu sou a minha poesia
e elas todas
a minha VERDADE:
c_oração!!!

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ABAIXO, POESIAS QUE FORAM ESCRITAS EM MEIO AS POESIAS EDITADAS E PUBLICADAS. A MAIORIA AINDA NÃO DISPONIBILIZADA PARA EDIÇÃO.

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"A minha cidade, na verdade, é o Mundo"

mas minha cidade, na verdade, é o Mundo,
então, respiro fundo e lá vou...
eu e meus sonhos todos a tropeçar
um no outro,
nós apertando distâncias
de quanto mais junto mais separado,
igual numa cidade grande

e minha cidade, em verdade, é um mundo,
Nesse peito cidade grande
que passa tudo menos o que se quer
que sempre passe, livre estão as grades
pousadas nas portas e nas janelas
que não se podem mais
dar as mãos nas casas que
hoje mais do que nunca
se parecem com uma prisão.

minha cidade? de verdade?! é outro Mundo


===
escrito em
Paradigmastigações, parinoxidáveis causas & paradóxinexoráveis confirmações

--


Lábios cifrados em sincronicidades digitais



Torrentes de palavras,
muitas vezes querem dizer tudo
mas dizem Nada...
nesse muito de absurdamente vazio,
lábios fechados em palavras de antes de ontem,
hoje fecham-se dizendo num quase nada
um muito Muito,
silenCIOsos.

Nessa quentura lingüística,
atritam-se numa inérciespaciadigitalidade voraz
(dentes de letras, fome das idéias,
digestões gramaticais e até
progressões arrítimaritiméticas
sem métricas e quase
céticas)
almas alheias às suas genealogias,
sem início sem meio sem fim,
de trás pra frente,
desavessadas,
até o caroço.

Fogo...
a poesia se alastra
qual sede de cachaça
numa cachaçaria, soltando a língua do espírito
- in vinus veritas,
in cachaça ratificados est -
e planta mais poesia
no esfogueamento dessa semente
a arder flores
em perfumes soprados ao longe
pelo vento do Sopro de dentro
do peito da gente.
==

e também da mes ma página, gerada da imagem:

Sidclay Dias!!!

Tua foto fez-me desprender mais poesia caro amigo...

Imagens a destilar palavras a destilar imagens


Das palavras,
às vezes uma terra dura,
colho poesia para dizer
o que normalmente elas não diriam,
transformando em frutos as entrelinhas da Beleza
sentida pelo entendimento...

De uma imagem,
às vezes abstrações indizíveis,
uns colhem mais de mil palavras,
numa terra mais dura ainda onde quase todos
para a Beleza estão cegos,
(ordenham do próprio umbigo
prata e ouro)
destilando cachaça para beberragem
dos olhos.

Das duas juntas,
palavr&imagem colam no tempo
o instante que o fogo se alastra na mente
e acendem fogueiras de semioticidades
intravenosas na corrente que desprende do sangue
o sonho dos sonhos das gentes.

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Saramar!!! Aglacy!!! Dito!!! CD!!!

Escrevi essa poesia ouvindo algumas vezes a música Because, dos Beatles... (enviada por um amigo que também recomendou o filme 'Across the universe'...

A beleza de suas palavras foram entendidas pelo sentimento que descreve abaixo mais poesia... Obrigado!!!

GRANDE abraço!!!

Abstrassuirrealidades plantadas no vento

Veias e portos abertos,
do peito revoadas de abstrassuirrealidades...

do que inexiste
para uma existência em linhas e entrelinhas,
sentimentos afloram caminhos
por baixo,
por cima,
pelos lados e
por entre
a pedra.

Mas não avanço... faço dela
minarete,
alicerce,
sombra,
telhado,
muro,
trampolim,
mirante,
da pedra nesse meu caminho faço mais uma poesia
sobre uma pedra no caminho
de quem escreve poesias
sobre pedras
e caminhos.

Não quer parar de crescer a poesia... mas o dia quer continuar
a ditar seus horários e tempos
(que até dizem não existir
mas que dirige quase tudo
pelas estradas do Nada
e do Absurdo)
à célula que não entende dessas coisas
dele não existir.

Vem o vento trazendo o tempo
e as rugas. O coração envelhece no varais
de corações impalados pelo sentimento
de ferro & fogo,
deixando pra trás o que foi
e o que não foi,
num rastros de poesias
que não entenderão desse negócio de envelhecer,
e permanecerão verdes pra que entender
que delas nada carecem entender,
apenas sentir para outra flor,
por debaixo dessa ou daquela
pedras,
nascer.

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A

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Paradigmastigações, parinoxidáveis causas & paradóxinexoráveis confirmações

Da pressa do dia presa,
as palavras da poesia ficarão de molho,
aguardando quiçá a fermentação
que as transforme no vinho
da embriaguez alheia,
ou,
triste fim de um sentir pleno,
num azedo vinagre
para fazer arder
as supostas dores
de quem não as suporte.

O tempo - esse que
cada vez mais anda sem mim -
...raro qual as palavras que não ficam de molho
e escapolem por entre os dedos da língua,
mesmo assim quase invisível
vai me fatiando cartesianamente
em cruzes espalhadas por abscissas desordenadas,
incalculáveis rastros desenhados no horizonte que foge
sobre os ombros lotados de sonhos,
desenhando uma imapeável cartografia do espírito
que escoa em espirais escoando por amplulhetas
vazias.

Presa do dia,
a poesia voa às pressas
para saltar da janela que corre
com asas nos pés, moinhos de vento
em tempestade desregulantes
de rumos e nortes, x & y
perdidos no vasto Espaço
da célula, semente
de novos dias a viver entre os dentes do Tempo
alheio de que a carne seu alimento
é a que lhe sustenta Sonho,
Sangue & ossos.



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Abismos suspensos de palavras, sons que cheiram, e olhares que sangram o horizonte a devorar o presente

Gostaria de sentir uma poesia que só dissesse
silêncio...
mas são tantos sons de cores várias
que não consigo evitar o barulho dessas palavras
que me mastigam.

Lentamente,
uma a uma (ou de par em par),
cravam seus dentes de paradigmas
desnorteando o curso da linha que se entorta
entortando as linhas que a alma dita...

Fazer um cinema mudo
dos sentimentos, legendado por cheiros
de abstrações sem figuras de olhagens,
até ser digerido e descomido para a concretude
de nuvens que não carecem de entender algo
que seja Signo...

Sentir e escrever o Sol
desse sentir,
até que as palavras que mastigavam
sejam mastigadas, degustadas pela ponta dos dedos pontes
para luminosidades que vem das trevas de dentro
do pensamento, estrada para o Sonho
que passeia fora a sonhar a gente.

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CD!!! bons frutos esses pés de palavra tem dado. Gosto do que comentas ao ponto de poesia. Quem dera poder me alimentar só de poesia (pãoesia)...

GRANDE abraço!!!

A


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Algebrabstrateando o que não pode ser quantificado em concretas teorias


Dividimos palavras
para multiplicar poesias,
subtraindo da alma as somas dos dias
em aritméticas lingüísticas
que desmembram o sentimento
esmiuçando-o em novos sentidos
para o velho Sentir...

As dores são as mesmas,
as cores são as mesmas,
o que diferem são os cheiros e sabores
que Matemática alguma conseguiu definir
no emaranhado de assanhos
que equacionam os sonhos
a extrair raízes
que se fincam como cruzes na topologia
da espiritual geografia.

Palavras divididas em surreais aritméticas
desenham fractais arritmias no pulso dessa desmedida
caligrafia: semioticidades a desplastificar o dia-a-dia
em carnais entrelinhas... suor e sangue lhe imprimem
as cores, cheiros, sabores e letras,
Signos dessa poesia.


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dos rastros do silêncio a pairar no denso ar de agora

Do peito - essa represa
de silêncios e abstratores
vulcões - verbocachoeiricidades
desentalam, destravam a língua
do verbo presa.

Dizer o sentir
é trazê-lo à Luz... trazer à Luz
a luz que ora por dentro é poesia...
sem ter vocação pra farol ou vela,
ou Sol - que é coisa
de musas a ofuscar quase cegos poetas -
digo tentando autopsiar a palavra
e dela extrair o sumo
que se desdobra em outros sumos,
semente paridora de sementes.

Derramo no vento o coração pleno.

O sentimento lhe da asas e o sonho alimento.


Reais, surreais, metafisicidades da carne
a se desdobrar e revelar sangue e vísceras
de perfumes impossíveis da flor que a vida colhe.


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Verborragias espiraladas em poesias labirínticas cardiocentrifugadas

O sentir é amplo, vasto
e demasiado ermo para tão poucas
palavras aprendidas.

Colho dos jardins alheios,
das ruas que são e não são minhas,
das feiras de carne e osso e dessa digital
babel de signos vários outros signos.

Cozinho-os no imediatismo ato
dos quatro elementos - Alquimia do Verbo
do qual sou aprendiz -
a desatar sentidos astrolinguístimatemáticos
emendando essa minha carne às letras
em uma profusão de sons e cores a desenhar
ícones na simbologia que teima em querer
dizer inefavibilidade desse meu sonhar.

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Marcos Pontes, OBRIGADO!!! Palavras sementes para mais poesia!!!

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Celina!!! MUITÍSSIMO obrigado pelas gentis e calorosas palavras!!!

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CD, o que dizer de vc... esses dois dias foram de intensas poesias... sinto o peito até cansado de toda essa ralação no sentimento. Uma verdadeira cardiocentrifugação...

GRANDE abraço!!!


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CD,

essa foi escrita após ler alguns comentários seus sobre poesias minhas, e disponibilizada a todos em forma de comentário...

sobre a erva-daninha no jardim das delícias da poesia suposta

A palavra cresce.
Qual flor entumecida lambida pelo vento
e os outros três elementos,
esparge beleza ao olho que sente,
ao olfato que entende-a,
ao toque que arrepia
e segue mastigando pedaços de poesia.

As palavras avolumam-se numa onda
que força de dentro pra fora,
qual coração saindo pela boca
em oração de pagãs letras...

(esperam-nas um difícil passar pela garganta
ainda cheia de gumes a lotar-lhes
o caminho)

...ânsia de guardar o tempo
com mãos de vento que não seguram
nem o pó dos seus rastros,
tampouco a sombra dos sentimentos!

A palavra agora é toda espinhos...
guardam as flores da poesia – Beleza
incomunicável como só as coisas incomunicáveis o são –
para os muitos cegos dos sentidos que verão
apenas suas cores a lhes borrar o horizonte eternamente cinza.

A poesia cheia de palavras agora é uma palavra só: GRITO!!!

Carrega em seu eco
sementes de outros gritos,
arrancados com suas e tudo raízes, lá de dentro,
do seio da estrela em chamas,
do meio da carne que ao toque da língua
mais se inflama – seu combustível
e música – ,
atropela sem pudores os suores
com mais suores e sabores
do paradoxo doce em meio ao sal do Verbo.

Planto essa semente,
esse velho novo grito,
no jardim das delícias de outra poesia
que se engancha na minha voz,
com unhas e dentes a lanhar o sonho
e assanhar asas de querer voar
sobre o espelho que lambe sua face
e o abismo que não cansa de tudo devorar.

Raios de sombras, tragos de Luz, goles de almas
em conta-gotas, ampulhetas de orvalho a conduzir
meus braços abertos nesse abismo de flores supostas e perfumes
de jardins que só existem na mente de quem sente
o invisível a queimar, o crepitar da nossa carne,
lenha dessa fogueira que ora arde a poesia
de ontem de agora e sempre.

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MUITO obrigado pela boas palavras! Algumas delas reaparecem no corpo da poesia.

GRANDE abraço!!!

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escrito apos receber scrap de Wacko d'SU...

"SONHEI CONTIGO E CAÍ DA CAMA. QUANDO ACORDEI FOI QUE NOTEI QUE O "CAIR" É QUE FOI O SONHO E O "SONHO CONTIGO" FOI UM SONHO NO MEU SONHO. TU PAIRAVAS NO AR AO MEIO DE BRUMAS E SOMBRAS.
AGORA VEM A PERGUNTA: O "SONHO NO MEU SONHO" FOI UM SONHO, UM SONHO NO SONHO OU TU ANDAS PRATICANDO DESDOBRAMENTO ASTRAL?
VAI ASSUSTAR OUTRO MERMÃO KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK.
..

ABRAÇOS... :)"

(esse não tarda a dispor seu surrealismo em poesias aqui no Over... se dependesse de mim já estaria por aqui a enlouquecer os OverSeres...)

caro irmão,



Se ando pelos teus sonhos
a pairar no ar qual pesadelo dentro de um sonho
é porque simplesmente meu sonho
alcançou o sonho
de viver as concretudes
que a abstração alicerça
no imaterial vida que vivemos
sonhando.

Se caiste só e somente
para que saibas que também podes voar,
e que o abismo nada mais é do que estrada
de longo caminho
e afiados desvios amolados
no sonho alheio... seio de alimento pleno
em lácteas outras vias
a se desdobrar no cerne
o que não é de carne
nem de sombra
e só a luz explica com sua argumentação
de brilhos inexplicáveis e rumos inorteáveis.

Se assusto é porque grito alto e em boas cores,
de sabores de flores musicais esses gritos
que não arrefecem meu coração aflito
a dizer que de sussurro em sussurro
remédio não há,
e o bálsamo para aquietar e apaziguar o dia de hoje
é saber que a noite de ontem não volta,
e o que está sonhado basta um pulo,
um breve salto no vazio,
para enchê-mo-lo com esse nosso coração cheio.
--

Wacko Jacko, seu *&¨%$!@@¨@#!!!

Tá vendo o que cê fez?!! acabou de atropelar uma poesia que estava ëscrevendo... a fazer-me compor mais essa... parece que o coração velho desse teu amigo está vazando gotas de um sangue que é todo poesia...

GRANDE abraço!!!


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entre saber e não saber do delírio de ontem, delire em sonhos o novo sonho de sombras & fogos de hoje

O que passa por dentro
do célere pensamento,
invisível e abstrat&surdamente,
a debulhar o coração e os outros órgãos
quando este já seco,
até o tutano do espírito,
é o inlastreável sentimento,
inexoravelmente perene - independente
da ponte -
ainda que incomunicável ao toque
da pele - muito embora arrepios cortantes
acendedores de pêlos e verves
digam o contrário -
na luxuriosa gramaticidade das entre-
linhas
que tentam dizer o avesso.

O que passa ungüento
e alivia a carne do tormento
dessas letras feito pássaros que carregam o sentimento
é o olho de dentro do outro peito
que, cego, sente o relevo do vômito,
do escarro impregnado de alma – essa, ainda
com as raízes à mostra,
despudorada e descarada em orgias
sintáxiticas de sujeitos e predicados
lascivos – a entender
que nada do que digam esses pássaros
em seu mudo vôo,
poderá salva da avassaladora beleza
que enfia sua mão olhos adentro
e também debulha,
faz colheita do sentimento do outro lado
da ponte invisível
que liga o Nada
ao
Lugar algum: coração do Ser...

O que alimenta
esse fogo que não para de crescer
é saber que pode-se perverter a língua
para dizer o novo de uma nova forma, novo ar
a lamber a pele nua da palavra e dizê-la desacorrentada
do livro, livre como passarinho a cagar
sementes – essa tua, essa minha,
essa de outros & de todos,
Poesias –
de se infiltrar na pedra fria,
rachar, fender, implodir a lápide da antiga
e cheia de sombras Morte
numa nova e prenhe de luz
Vida.

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Agora o coração na ponta dos dedos descansa. Agora, os olhos fechados de dentro se abrem quase alheio ao delírio da poesia para tentar dizer: gosto de sua poesia. Mas como dizer assim, apenas 'gosto de sua poesia' apenas verbalizando 'gosto de sua poesia'??!!! Então poesio! Desculpe-me a invasão de espaço, pondo uma erva-daninha em teu jardim... mas quem mandou tu abrires os braços?!! Culpa tua!!!

Agora, o coração na ponta dos dedos quer mais... prontas as vísceras para novamente imolá-las nos jardins da Poesia.

GRANDE abraço!!!


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"Sobre corações negros entre parênteses e signos gráficos que dizem muito, querendo muitas vezes dizer mais do que podem, e dizem"



Não é fácil...
a vida não é fácil.

E,
acima de tudo,
ainda temos que dar um coração que não é nosso
para não perder os que não queremos perder?!!

Aí,
além de continuar 'não fácil',
a vida torna-se 'Foda!'!!!

Mas não darei algo que não é meu,
nunca!

Se tiver que ser,
darei sempre o meu coração e,
além dele,
o sangue, o sonho, o sentir,
nele – esse coração que é um só
dividido em n milhões – enxertados,
injetados até o último pêlo da alma.

Tomo de um rio emprestado a correnteza
e a lua nele impregnada
para lhe dar mais pulso
e mais vida,

mesmo não fácil.

Aos que não quero perder
dou poesias cheias de letras & palavras &
linhas &
entrelinhas
&
idéias disso tudo junto
cheias de corações cheios de mais poesia.

E alguns sabem que nos silêncios
também pulsam corações
qual estrelas perdidas nos céus – cada
cidade, cada par de olhos,
tem os seus –
a iluminar suas noites escuras.

Mas às vezes é inevitável perder
ou se perder de alguém, pois a corda invisível que une,
às vezes nos embaraça e enlaça o pescoço
partindo(-o) em dois:
o caminho,
a taça,
o vinho,
e o que era um agora pode ser vários,
qual o pó que rabeia os rastros no fim dos dias,
na penúltima estrada.

==


UBUNTU!!!

Uma pessoa com ubuntu está aberta e disponível aos outros, não-preocupada em julgar os outros como bons ou maus, e tem consciência de que faz parte de algo maior e que é tão diminuída quanto seus semelhantes que são diminuídos ou humilhados, torturados ou oprimidos.

Essa filosofia tem permeado minha vida já há algum tempo. Espero poder contagiá-lo e aos todos os outros meus AMIGOS.

GRANDE abraço!!!

André Teixeira


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Hermeticirculariouroboralidades

Preso em hermeticidades do sonho,
o Verbo sai de sua treva para a Luz
de signos gramáticos que lhe emprestam
Norte.

Desacorrenta-se do calabouço do peito
o sentimento,
primeiro em silêncio,
depois em gritos quase cantos,
depois, já cansado te esmurrar
pontas de faca,
em convulsões relâmpagas psicodelíricas.

Neologiso para fazer caber novos sentidos
& sentires
no espaço exíguo da palavra
a enxertar-lhe o ermo e o desértico.

Assim,
abrutofogueteirizações do espírito
colorem a noite do poema
de artifícios cheios de concretudes
betoneirizadas da massa abstrata
em alicerces de folhas ao vento.

==========

Cláudia Almeida, da palavra 'Hermético', saiu essa poesia. Espero ter-lhe amalgamado certa liberdade, pois quero, ao escrever, exatamente isso q acima digo: liberdade!

GRANDE abraço!!!

A


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Semente nº 097417 sob o signo da sorte trazida pelos ventos que movem os moinhos de ontem



Nas minhas palavras,
além do congestionado coração,
meu sangue, suor, minh'alma e emoção:
letra palavra palavras idéia idéias
emendadas em muito mais do que signos
que estrelas digitais mapeiam.

Eu cada emaranhado de palavras,
pulso...
em cada pulso uma vida
e em cada vida dessas uma morte:
renasço na poesia que da própria sombra
gera um Sol a luzir quentemente
através da noite fria e escura,
indefinidamente.

Morre a semente
cresce um jardim inteiro de seus filhos
a matar a fome dos olhos que se alimentam
de um perfume intangível. Respiro
a poesia de ontem e no limiar de não entender nem um pouco isso
ou o que quer que seja,
digo:
não digo... Sinto!


==

André Teixeira

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fetiches, ensaios, quadros, uma bola azul e o zunido do tempo a desgastar a pele estática


não quero máscaras.
usei-as até os 10,
quando descobri que a religião estraga Deus...
estragou tanto que uns até acreditam que Ele morreu!
(se fosse Eu,
até que me matava mesmo...
talvez Me enforcasse
com uma emaranhado de nuvens
pendurado num quarto minguante)
talvez tenha saído de férias e esquecido
de voltar.

Não, não quero máscaras,
obrigado!

eu quero é tirar da garganta um grito
que diga todos os silêncios guardados;
quero arrancar da pele os sonhos que nela
se engancharam e apodreceram qual pele morta
na sola dos pés;
eu quero é ficar bêbado de sobriedade!
chapar com oxigênio e enlouquecer com poesia
a me entupir as veias...

Não,
eu não quero sua máscara
nem uma máscara outra. Quero o que vou dizer agora:
usar a minha cara, meu rosto, dar a minha poesia a tapa
ou ao carinho alheio. Eu vou é
arregaçar o peito,
dessavessar o sonho e mergulhar a alma
na correnteza da Luz que passa.

Não, eu não quero máscaras...
se tens algo a me oferecer, me dá tua alma,
teu sangue e sonhos tal qual dou os meus
aqui nestas e noutras linhas
de uma poesia sem sinestesias de engenharia
gramática
ou metafísica aplicada.

Sim,
são tantas insanas coisas
pra quase nada e muito pouco
pra quase Tudo
que sobra muito nada pra tanto muito
que muito me espanta...
e desce assim a ladeira dessa poesia
a nuvem que esqueceu de subir e veio tempestadear
meu torpedeado entorpecido peito-balão:
não cabe no cercado feito pra ele;
sobra na máscara que lhe inferem;

deixou o branco ouro da página
e foi ser cachorro vira-latas e seus ossos
sem querer ofender a nobre raça – numa
praça sob jornais de notícias quentes de ontem
na noite fria
de hoje.


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para José de Qualquer Coisa no tempo em que não há tempo para coisa alguma

Caro José,
não sei quem tu és,
tampouco eu sei quem sou:
empatamos.

Empatados,
um defronte do outro,
invisíveis de cada lado do Mar de bits
separados por um Moisés digital,
sopramos vento do sopro que nos dá vida
soprando essas letras tentando lhes dar vida,
se a chuva do olho alheio nelas cair.

Brotará mais vida
de cada palavra lida - mesmo que não entendida
e mesmo que sem tempo
para degustações fonêmicas ou apreciações
gramáticas dessas entrelinhas -
?

Escorrerá dessas palavras emendadas por espaços vazios
algo para preencher a vida que se nos apresenta cheia de sua
ausência?

Não sei,
nem pergunto a você,
perdido em seu tempo
como eu perdido no meu – almas
em garrafas pet, metarecicladas
no sem-fim que espreita o fim
da página ou do poema.

Não sei quem te inventa
tanto quanto não sei quem me inventa – se
me invento? Não... não quereria-me tão pouco
com tanta letra e palavra bonita
no dicionário...

Não sei se te inventas, soprando de longe
essa alma de Qualquer Coisa..., José...

Sei de ti quanto tanto sei de mim: Nada!
a não ser letras portadoras da Alma
impregnada de Luz em uma lauda e quantos caracteres – signos
de quem nasce nas letras (& seus vazios) –
e Verbo impregnando vontades movidas a quereres que isso tudo não seja
apenas isso:
um aperto que enche o eco do peito
no fim do dia sem Música e barulhos de motores
e unhas roídas.


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poesia escrita após ler os capítulos iniciais do livro "José de Qualquer Coisa (Qualquer Coisa de Qualquer Coisa)" escrito por Paco Bernardo e disponível para download nessa página do Overmundo:
http://www.overmundo.com.br/banco/jose-de-qualquer-coisa

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Metareciclalinguagem centrifugando signosonhos de dizer o que se diz duplicado ao cubo


Uma palavra é só uma palavra.
Um sentido é só um sentido.
Mas uma palavra que se impregna de divergências
pode chover metáforas se metarecicladas
nas curvas dos espinhos
de rosas dos ventos
nos jardins da gramática.

Se uma palavra se impregna de multiplicidades oníricas,
catapulta sentidos em divergências concretamente abstratas...
repouso a língua na ponta dos dedos que correm.
Costuro palavras ao sonho que tive hoje – B&P,
cinema mudo – ,
quase esquecido ao tentar viver a vida que corre hoje na ponta dos dedos
onde repousam convergências metafísicas
de um ontem adormecido
que se inflama ao ser lembrado.

Meus pés lambem o caminho tosco
por onde passeia a poesia sem asas que teima em voar
nem que seja nos céus dessa já não em branca página:
nuvens que chovem quando não há ninguém para olhar.

==

André Teixeira
Aracaju, 10 de setembro de 2008

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Congele o tempo
em cubos de gelo...

depois,
beba lentamente a vida
que escorre pelos dedos
e fendas,
misture com o mesmo gelo de tempo congelado, e,
aos poucos e lentos goles,
congele tudo de novo:

depois,
fast forward pro slow motion
perecer derretido
no Sol dos corações
que brilham no Universo
de dentro pra fora.

Via láctea de desmedidas quantificando
poesias cata-ventos quando
planta tempestade,
metafísica;
vitamina.

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cara poetisa... tua síntese é admirável! Minha verborragia enrusbece...

escrito em
http://www.overmundo.com.br/banco/ausencia-10

O.M. · 5/9/2008 18h17

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Coisificações espiritualiquidificadas em liquidações de camelôs

No fim da rua,
essências e espíritos
que não servem nem mais nos cabides que vestem
são varridos com água
bocas de lobo abaixo.

Acumulam-se
sobre outras tantas
almas escorridas e esquecidas,
a entupir as artérias da cidade
mecânica, só carne e ossos
dos sonhos nus
que não excitam nem incitam
o passo.

Imitando a cidade que lhe devora,
o Homem enxota 'por quês', 'ondes', 'quandos',
‘quems’, e esquece
de Ser.

Some no horizonte anêmico
feito de luzes que lhe crucificam
em cruzes artificiais que prometem apenas
a eternidade da cova.


======

Domingos!!! A palavra coisificação, nesse contexto de Poesia, gerou mais uma poesia... Obrigado pelo comentário e incitação às novas letras...

escrito em:
http://www.overmundo.com.br/banco/como-e-que-esta-a-vida

O.M. - 4/9/2008 14h24
===================================

Sincronicidigitalidades

Construir desconstruíres
enredando sincronicidigitalidades
em teias abstratas: o viço
cai dos olhos que gritam: VERMELHO!!!

Abissais vórtices rasgam a carne da linha reta.
Navalhas de fios espirais desenham na pele d'Alma
consonantes rotas para ermos destinos
que se cruzam no infinito agora,
presente

passado.

Desenho na maleável e volúvel página
que o tempo rapidamente tira,
passos em um caminho de descaminhos
que fico parado,
sentado no tapete voador
que não é tapete nem voa...

Voo eu com asas de espirais fluxos
em mandalas assimétricas costuradas
pelo Verbo que erro em desérticos cantos
desse (over)
Mundo.

Desconstruo um construir
feito de cimento e ossos,
sangue e ferro para um armado concreto
de poesia que dura
o instante de sua escrita,
e se perde no vento
qual bando de fênixs
amalgamando-se no Sol
poente.

================

Veet Maya!!! Pra começo de conversa, esse tá bom?! Vou reler daqui há pouco...

GRANDE abraço!!!


=============================
poesia escrita em

Segunda canção para gentilhombres, de Juliaura...

Evisceramento de sonhos para encher a noite de suores constelares

De sonho em sonho,
pedaços dos dias e das noites
se engancham nos dentes frios
e invisíveis que toram,

naco a naco,
a carne veludo quente que se arrepia.

O quarto lotado
de fantasmas surreais,
a pele macia lotada de estrelas suores - líquida
constelação de um imapeável
mar -
evisceram a solidão
a ferro&fogo, escrava do toque
que hoje chegou pelo vento.

Desonho e vivo o vinho
dessa lucidez embriagante
que tua letraria embebeda,
fermentando letras no suco da alma
cheia da poesia que me emprestam entrelinhas
e covas para sepultar um vazio

inexumável .

=================
O.M. 2/9/2008 12h26

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poesia escrita após ler comentário em sugestão para edição, da poetisa Aglacy Mary

em Imagináveis flores irrigadas por inimagináveis raios de Luz da cor invisível


"Qual é a medida certa para o combustível da poesia?"

Sobram metáforas
na enchente de sentires
que se desdobram letras
dessa poesia de ontem
a construir ponte para a de hoje.

Medidas lastreáveis por
inmedidas,
meço a kilometragem etérea que o não-dizer
traça no espírito cada vez menos agrimensurável:
nessa topografia invisível
a literatura e a gramática
quantificam apenas o dizível e o mostrável,
pois, o que passeia em revoadas de banquetes abstratos
nas cardiomultiplurivias,
é a carne dessa poesia que é seu próprio combustível
a alimentar uma fogueira de fogueiras
- faróis quentes para estrelas frias –
dança de ouroboros em finas
melodias.

Pesar, quantificar, aferir...
quantas linhas e entrelinhas
para a alma traduzir?
quantos quilos de espírito colhidos valem um ramalhete de flores?

Não sei!
só sei dos meus bálsamos e das minhas inanestesiáveis
dores.

==

O.M. · 2/9/2008 11h33

=================================

"Linhas soltas puxam outras perdidas a se encontrarem no talho da cerzida carne aberta dos sonhos"

Uma linha puxa a outra,
e assim vamos perenemente cosendo nossas feridas...
risos amarelos manchados de sangue vermelho,
aguado pelo translúcido orvalho
que tinge de anestesia
a rosa de ontem.

Agulhas passeiam tenazmente na carne aberta.
As veias abertas - o Mundo todo
é uma América Latina - dão combustível
p'ra engrenagem de moer gente
cerzir almas no sol poente
que se enterra num fim de rio...

A poesia não arrefece a dor:
ressalta-a.
Faz latejar o pulso
inflamado, onde
desfragmentos de sonhos
estilhaçam a vida, aos pedaços.

É que uma linha puxa a outra
e um raio de luz trás sempre um trago
de sombra,
assombros desmodernos
pra caverna nenhuma botar enfeite
e chafurdos ocorrerem nessa
e em outra lama.

Espinhos?
só o que o amanhã promete
no eco que planta
o grito de hoje.

==

Aju, 29.08.2008, antes das 8 da manhã

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escrito após ler comentário de Saramar em postado de poesia minha...


PerturbaDORaLUCINAntemente, a Arte das Musas conjuga os silênCIOs de hoje com os sons do amanhã

De tom em tom,
compomos a musiCA(OS) de hoje...
de grito em grito, SOLfejo abismos de sombras,
pautas farpadas enredando almas
dissonantes da carne.

Reciclo ciclos orbitais dos meus perdidos passos
plantados no vento...
caem em passos de uma dança a que não fui convidado,
mas danço
(e como danço!).

Laço,
todo o em redor Espaço
me aperta o pescoço... não escapo
desse beco sem saída que é a própria
vida
a miscigenar o bálsamo
na sua própria ferida.

Os sons de meus silêncios
desorganizados ao longo do tempo
perdidos em vazios que explodem por dentro
eco seco seco... o timbre das fibras,
a melodia e o ritmo do peito
descadenciado, descredenciado para vôos altos,
sob o signo das efemeridades eternas,
compõem sinestesias sinfônicas
entre o eu que passa
ao redor
do eu que fica,
esvaziando-me de mim mesmo,
nirvana sem nirvava,
fuga.

Passeio por elos de freqüências indimensionais...

Crio novos tons
onde sons de ondas são eletrificadas
em microondas tsunâmicas de melodias profundas,
com intenções poéticas para desvairar antigas estéticas – curtume
de metafísicos sentires – a fazer desfazeres
no rastro de toda uma humanidade.


==================================
Como é que está a vida?

A vida está a mil...
ela também não está: saiu!
foi passear na asfixia do dia-a-dia
monoxocarbonizada,
plastificapasteurizamputada...

Foi ali na esquina comprar sonhos,
por que os seus,
naturais e ancestrais:
"já não servem mais", diz a propaganda,
"ficou pra trás", cospe-nos a outorgadora de verdades TV,
e é bacana sonhar sonhos de farmácia
que todo mundo sonha,
pois aprendeu a desonhar os seus,
desossados no açougue de almas e espíritos,
hoje,
enlatados.

SPAM SPAM SPAM!!!
[(Ctrl+C) + (Ctrl+V)] + [(Ctrl+C) + (Ctrl+V)] + [(Ctrl+C) + (Ctrl+V)] + [(Ctrl+C) + (Ctrl+V)]
/
Ctrl+Z,
desfazer desFEZEreS que a aleatoriedigitalidade
joga no cooler,
e a tecnologia escrementa odores digitalizados
na vida – que ainda
não voltou –
cada vez mais de plástico, cada vez mais difícil...

Êta photoshopear,
êta corewdralizar...
“ta vendo aqui esse ‘não-eu’?...,
pois é, sou eu!”

E a vida vai assim mesmo continuando a não ser sua...
dia-a-dia, noite-a-noite, prostituir-se para olhos cada vez mais
mortos,
plantando nortes em sortes alheias que não servem nem pra estrume
daquela fábrica de perfumes industriais,
colhidos das flores artificiais.

As flores de verdade,
junto com a vida de verdade,
apodrecem em poesias não lidas e valas comuns
e entrelinhas absurdas,
qual cadáveres de uma guerra nem sua,
nem minha.

==
André Teixeira, Aju City, 28.08.2008, às 11h00, horário de Brasília


==================================
escrita em 'Ave, poesia'

O.M. 26/8/2008 17h38


Onde irão parar os frutos das sementes de Luz plantadas no vento?

Os frutos das sementes de Luz
plantadas no vento
não irão parar...

se estenderão pelas sombras
que caem à tarde no ritmo das marés,
e afogarão o nó que teima em apertar gargantas.

A Luz que quase não cabia na semente-poesia
coube. Sem fórceps: ‘com licença, por favor, obrigado...’
e foi ser novo dia, nova vida, melodias em fôlegos vários,
novo Ar, velho sopro.

Cíclicismos do paradoxal fogo
a matar renovando caminhos trilhados de calor,
chamas do céu, estrelas a arder no peito que grita mudo os dias todos de ontem na manhã dessa noite inflamada
na tarde infinda,... de hoje? Sei lá... parece a mesma de sempre
em antiga prece para uma nova fé...
acredito no agora pois o ontem é fato
consumido.

Onde irão parar os frutos das sementes de Luz plantadas no vento?
Sei não... é um cisco no olho do furacão.
planto mais uma dúvida pois de certezas que levam a lugar algum
já está cheia essa e outras duzentas e tantas
poesias.


==============================



Desavessa essa sombra
evisceradora de almas, e planta
em teu peito uma nova poesia... quer seja a minha,
quer sejam as palavras doces dos teus
ou uma prece que o silêncio faça.

Enterra nas tuas carnes
o toque irrefutável do Sol,
que aquece as flores e verdes matas
e dá-nos Vida,
Luz,
e lembra que é dessa Luz - que
não volta -
que nasce a Sombra...

Bidimensiona a mente
em aflições que sufocam o sopro,
a projetar inrversões de nos mesmos,
muitas vezes acorrentados em cavernas supostas,
de onde só nossos passos nos tiram - e não tem
Jesus certo
que desça de cruz alguma para de lá
tirar quem seja...
saímos com nossos próprios pés
apenas (temos que SER
o próprio Jesus a descer da
nossa cruz -
para voar com nossas próprias asas
sobre o Abismo cheio de dentes
que nos espera, faminta
inevitavelmente.

O que é uma semente senão sombra toda por dentro?
O que é uma semente?

Deixa de supor sombras
e renasça em novas folhas e novos frutos,
como um rio que deixa de ser rio
pra se tornar parte de um grande
Mar.

==

GRANDE e luminoso abraço!!!


que ele te encontre onde estejas, e te aqueça como os comentários dos seus amigos façam. Todos somos Sol, todos somos Lua, vela, farol, mas somos também a Sombra da noite. Enquanto formos sombras, temos que sorrir também, sorrisos luminosos pra quando o Sol surgir não nos espantarmos com sua luminosidade e viremos o rosto pra dentro da caverna... veremos uma SOMBRA maior...

GRANDE cheiro!!!

p.s. - escrita agora há pouco, leia pra te iluminar um pouquinho também essa poesia: sobre fotografias de um eclipse iluminada a Luz de velas e coração , inspirada em fotografias de Francinne Amarante...

OverMundo · 18/8/2008 20:42

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=================================

poesia escrita durante diálogo com a poetisa Aglacy Mary


Sobre me identificar com 1/3 da loucura alheia, alheio ao Todo que passa veloz qual sombra de beija-flor

Tudo acaba
(ou começa...)
em poesia.

1/3 da loucura
misturado com 2/4 de candura
e um pouco de cachaça
dão um bom caldo para poesia.

KKk's, hahaha'a, hehehe's
podem somar com poesia...

Manuel de Barros com Fernando Pessoa
mais Herberto Helder
somados todos,
dão cacetadas!

"E pra não dizer que não falei das flores"
Aglacy, Francinne, Saramar, Alma Welt
ahhh,
Flores Belas!!!
espíritos intumecedores de outros espíritos,
abertos,
como o horizonte sorrindo,
como ontens cantando o hoje
e os dias submersos em noites
que não desgrudam da pele.

A noite das suas poesias não desgrudam da pele de dentro
que estrelas em novas e constantes cortantes cantantes constelações
parem - esse é do verbo parir mesmo!!! -
Poesias invisíveis que ensurdecem
todos os cantos
e esquinas de dentro.

A poesia não quer parar...

igual a um disco de vinil furado
repetindo a 33 1/3 RPM
o mesmo trecho de alma:

A poesia não quer parar...

E não para:
segue pelo vazio,
se estende pela noite emendada no dia emendada na noite emendada no dia
costurados pelas tardes que ardem
eternamente no peito
ensandecido
que teimamos em guardar
pra traça não ler.

A poesia não quer parar,
então o poeta - que arremedo! -
para sem ponto final

=================================
potencialidades estrumicatômicas das flores supostas pelos Vermes com ramalhetes de rosas cor vômito

se você pensa que é uma merda,
cuidado:
da merda podem nascer flores,
cogumelos que podem fazer Luz
a outra humanidade,
outra luminosidade
ornada de sãs insanidades
as trevas.

Se és um VERME,
basta Ser O Verme...
respeitando sua potencialidade
de transformar seu habitat,
fazendo-o evoluir
ao ponto de Sol,
a revolver a terra
minhocamente por onde passe.

Seja a merda que profiras,
seja o Verme que se entitule
mas respeite a MERDA
e o VERME,
e coma Terra,
e cresça forte,
e faça o ao seu redor crescer,
como uma flor
ou um cogumelo
dentro de você.

==

escrito inspirado no poeta (i hate me) Fúria!

==================================
O corpo é mais leve que a cabeça

O corpo é mais leve que a cabeça
quando rodopia em espirais
que são linhas retas desenhadas por passos de asas
no céu do Infinito.

A cabeça pesa de tantos sonhos...

O corpo voa,
leve,
muitas vezes pelos atômicos vazios
que se desenham na carne
oniricamente infectada.

A cabeça pesa de tantos sonhos infectando
os vazios da carne

Falar do corpo e da cabeça do poema?
guilhotina e açoite!!!

o Mundo todo joga bola
com a cabeça dos outros
perdidas em poesias ou músicas
que não salvam os que morrem de fome
de morrer de fome,
ou de futebol,
ou de olimpíadas...

Sabem onde fica o Tibet?

Sabem onde fica a fome?

Morte mais lenta por inanição
é modalidade de competição?

Enquanto isso vamos jogar mais uma poesia
no liquidificador para não salvar ninguém,
só a página da sua branca solidão.


================================
Sobre o caminhar e sonhar com pernas e asas próprias


Eu não tenho pernas de água, de ar, de fogo ou de terra,
eu tenho pernas de carne, sangue e ossos...
além de ter alguns sonhos de fogo, terra, água & terra
aos quais meus pés costurados às asas do tempo tentam me levar.

Não poderei caminha com seus pés,
tampouco sonhar com suas asas,
pois meus pés, pernas e sonhos são o guia da minha estrada,
não da sua estrada.
E só meus pés, meus passos, meus pulos e saltos
me levarão aonde quero chegar,
que é onde meu Sonho quer estar,
independente de onde seja esse lugar...

Pois,
se eu for caminhar, correr, pular, saltar – pedras,
diversidades, morros, montanhas ou abismos – serão apenas
com meus pés, passos, pulos e saltos
que o farei,
e serão apenas meus abismos, morros, montanhas ou
minhas diversidades,
e terá sido não o caminho dos outros olhos
ou passos, pulos, saltos
mas o Meu caminho,
amalgamado apenas
à minha Vida,
e terá sido a minha vida vivida por mim,
apenas por mim,
mesmo que outros queiram (nem sei bem porque,
posto que tem as suas próprias!)
vivê-la para si.


Eu tenho alguns sonhos:

de terra, de fogo, de água & de vento,
e um caminho cheio de pedras...

com elas construirei um abrigo - quer seja esse abrigo

um castelo ou um casebre -
será meu abrigo, será minha casa,

e a Terra toda em volta dele,
meu Lar.



====================================

Esse poema tem entrelinhas
de abismos:
geográficos;
espaciais;
abissais fendas marinhas
a guardar tesouros naufragados
em busca das ilhas não encontradas.

Corações - atarefados
ou vagabundos -,
verdadeiras constelações dos Espaços interiores,
brilham no peito quarto escuro
uma Luz que não servirá de farol
pro barco de hoje e pro dia de amanhã.

Servirá de ânfora para sonhos de ontem,
será Luz pra fome e sede de hoje
saciando apenas os olhos do
amanhã perdidos nos Céus
de Sempre.

Esse poema tem linhas
e entrelinhas abissais... olhos que são espelhos
olhando olhos espelhos
refletindo um Infinito
que termina logo ali na esquina eternamente finita,
batendo asas invisíveis cheia de meus olhos
olhando um Sol que,
mesmo de noite e à noite,
não para.


(e essa outra TAMBÉM!!!!!)
=================================

Poeta,
nasço de novo a cada
nova palavra.

Poeta,
semeio apenas a minha reverência
ante a Beleza
que, como Estrela
duradoura doura por dentro
a alma.

O horizonte me devora um pouco
todo dia... sem ânsias de Prometeu
ou algo que o valha
esse meu grito não é perene posto que um maior Silêncio
grita mais alto... incandescente,
vulcão enlaveando horizontes
querendo imitar o Olimpo que partiu antes de ontem.

Não crio poesias... elas,
como fogo de dentro pra fora é que me criam,
renovando-me todo santo e profano dia.

===================================
EM 23.07.2008, em resposta a comentário
feito por Saramar,


...tua intevenção é sempre cirúrgica, laser!, a ponto de fazer soltar mais poesia dessa minha alma polenizada pela Beleza.

Tuas palavras ecoam também Beleza, e junto com a Beleza que ora corre líquida por dentro, no sangue fazendo-o Vinho, Mar em que nasce hoje um Sol que antes era só Noite, Silêncio e quase Nada, se não fosse o eco de minha voz... Poesia, grito poesias em reverência e devoção a esse mar que cheguei e agora me embala, vela meu sono e me diz, com o Signo dos 4 elementos, 'sou tua chuva, tua casa'.


("Grite poesias" é nome de um livro que consta na Biblioteca do Sonhar, compilação de poesias, título inspirado numa poesia de Chico Science:

Scream Poetry

de Chico Science

Eu posso sentir o que a paixão faz em segundos
Eu posso sentir o que o amor fez depois de anos
Eu gosto de sentar nos telhados
Pra ouvir o que as casas dizem ao meu redor
Eu gosto de subir nos telhados
Porque eu consigo ver o mundo melhor
Grite poesias que eu te amarei
Até a minha ida, grite poesias
Que o mundo tem
A palavra que você pode escrever
Grite poesias

==

atrevo-me a também gritar mais uma poesia

"solta e assanhada, alma em pleno e fogoso lume, incômoda mas delicadamente escreve a fogo a poesia inflamada de hoje "

Espero luzir em múltiplas traduções
dos olhos que se enraizem nas nuvens
que teço meus vossos poemas,
pois de todos os olhos que nele passarinhantemente
pousem,
pedras e limos curtidas na água das fisicoquimicidades
que nos une ao Todo.

Panteísmos à parte,
dissolvemos nosso verbo na carne da palavra
lavrada na alma ora orando escancarada
ao horizonte que chega e me espanta,
de segundos transformarem-se
em séculos,
e horas se transformarem em pétalas
que dizem sem toque
o toque que se lhes adivinhe
caminho.

Colho dessas horas
palavras doces que se abrem
tempestadeando o pulso, o sopro, o canto
que encantam até o mais frio silêncio
ou caudaloso pranto.

Agora planto essas palavras
no vento frio de uma manhã
para colher o vinho quente de um coração
transbordante:

gota a gota,
sangue a sonho,
se enreda e arrasta lava larva de mim
coisa sem coisa
ponte com
Nada
embebida na sede do
Tudo.

--
Obrigado e um GRANDE abraço!!!

===================================


em 03.07.2008

Caro IN_visíVE(u)L&DIGI(O)talAmigo,
necessitas por acaso de convite? Tenho-o em conta como um raio de sol que ilumina e aquece e q ñ carece de pedir... licença?!! Colé?...

toma mais um pedaço desse meu peito, mais uma poesia para os que aqui pousarem as vistas...

==

um banquete de palavras sem palavras e especiarias atômicas perdidas em quanticidades ordinárias


escrita em Overmundo, dia 03.07.2008, em interação com o Overbrother(!!!) PIERROFXZ , de Lages/SC.(!!)




um banquete de palavras sem palavras

[...]


&

especiarias atômicas perdidas em quanticidades ordinárias

Especiaria vasta e vária
é a química do olho com a letra,
do sangue com a idéia,
da fome com o osso...

Desertisidões emprenham ventos,
vazios cheios de cheios vazios transbordam
e empurram essa minha palavra,
já tão gasta.

Sem pedir licença, a idéia chega qual raio-de-Sol
que de tão célere ilumina a noite toda a Lua perdida em 4
fases.

O peito aberto,
o coração à passarinha,
com todos os ossinhos do poeta pra fora
e poesia à tartar.

Sumo, sucos, sínteses, resumos, RE_sumus somos,
vínculo da carne à idéia que hemorrage
despejando seus rios em cima do sonho que nunca basta,
e quase sempre não chega,
enquanto as marés intumecem verdades
que são verdadeiros mares
que quando fermentam
se transformam em vinhos
e levam em torvelinhos a realidade p´ra beeeem longe!

==

GRANDE e fraterno abraço!!!

-----------------------------------


escrito em fast papo com minha amiga Patricia Fisch, de Curitiba



"fast digital soul-poetry: múltipla musa encontra um ‘pseudo’ mestre das Palavras no jardim de inverno do Sempre"


Palavra,
que ensina quando gritada,
quando em silêncio,
soprada aos ventos em busca do Éter

(segue teu destino, rega tuas plantas...)

defenestrada da boca janela que sonha céu de ontem,
estrelas de logo mais,
cinzas do agora...

sou seu discípulo,
capturado por seus sentidos,
desfechos,
etimologisemanticologias
pontos, não pontos
perdidos nos mapas sem topografia certa
das imensidões atlanticamente dessérticas
do fundo
do fundo bem fundo
da alma

de lá,
eco, passado futuro e presente
deitam e rola na cama
inventada, parafusada,
ao lastro de nosso suor

não é nada,
não é nada... tem um restinho de algo lá embaixo,
‘ - Olha, é uma semente...’:
palavra!

============
poema escrita em http://www.overmundo.com.br/banco/as-novas-poesias-estao-amadurecendo-no-peito-delas-carregado#c165170


O poeta perdido no banquete das palavras que dele se alimentam*

Tens fome?
toma minha palavra e se alimenta
de sua imaterialidade: realidades de construir
pontes, estradas, vias de Ar & Mar sob sobre entre
pos
os caminhos de dentro
desavessando do Sentir
para o Verbo
esse sangue que teima em querer correr para a Luz.

Fonte,
quando não mata a sede,
a poesia joga mais interrogações
no ventilador:
podem os pássaros ensinar o coração cego dos homens a
voar?
peixes elétricos iluminam como sois artificiais as terras que nos
habitam?
sera que as flores ensinam a esperar e ter paciência?!

Enquanto as respostas não chegam,
pega um garfo e uma faca, enche teu prato
com essas palavras desgarradas que fogem alucinadas
desse meu ínfimo íntimo e particular
Sonhar.

=========================



Tita Coelho!!!

guria! OBRIGADO é pouco pela constante presença e comentários que me envaidessem, de certo.

===========

Se ouves,

creio,
é porque grito meu canto
e lanço-o em pontes para atingir o longe,
o nada, o tudo , o cheio, o vazio, para esse cantar
ser semente no vento
cisco no olho de um
furacão
e dele nascerem jardins o bastante:
para cada peito lavrado
arejado de novidades
flores e beija-flores
invisíveis costurando horizontes na linha imaginária
de seu vôo por esses céus infinitos de dentro
que cabem numa página
dentro do lado de fora
de um poema.

===============
GRANDE abraço!!!

O.m. - 21.04.2008 - 11h22

----------------------------------
Namastê,

em resposta a comentário de Branca Zil Pires..

==============

o poeta tenta parafrasear a beleza que quando não vê
sente,

vai ouvindo os passos das coisas que andam
e o bater de asas das coisas que voam,
vinho na mente que flori,
sorrindo para latejâncias rastejantes
e aderências do espírito à carne,
terra e raiz mastigados pelo Sol
que impregna a manhã
na pele da noite...

Erro,
passos nunca em vãos pois danço com o Nada
como se o Nada soubesse dançar,
e o poema segue desentranhando-se da semente,
dia a dia,
dente a dente,
na pressa que se tem de ser presa não só a carne mas alma
&
mente.


================================

Teu coração
está cansado de caminhar?
Não sei bem mas,
talvez seja hora de ele começar a voar!

Mas cuidado
com asas de cera
& o Sol muito forte:
constrói tuas asas de vento
sombras, luz e nuvens
para que elas possam
até debaixo da água
respirar.

==========
POESIA ESCRITA em comentário a Clara Arruda, na página http://www.overmundo.com.br/banco/dos-olhos-deixados-em-abissais-pocas-rasas

O.m. · 12/4/2008 16h31




====================

Se imaginar e depois sonhar
metade desse sonho realizar-se-á!
por isso desmedida e tresloucadamente
sonho.

sonho em poder do sonho
enxertar a sua realidade
nessa realidade
e essa realidade
se transformar
única e verdadeiramente
no nosso Sonhar!

Voo,
mais do que podem meus passos
com asas já cansadas,
para o Sol de longas asas de luz
que me diz:
"Ainda não, ainda não..."

Pouso.
Volto a caminhar ainda embebido em sonhos
e poesias de 10 minutos,
poemas de 3.413 km,
e demais formas em que caiba
esse palavra
que
se não salva,
despe as realidades de dentro
pra esse Sonho de fora parar
um pouquinho só de querer
nos sonhar.

--------------------------------
sobre o comentário de Nydia Bonetti:

[...]
O que dizer de todas as impossíveis Luas...
Aqui um céu cinzento esconde a Lua. Mas amanhã, quem sabe, ou depois, as chuvas passam... Seu celular é verdemente sábio: A vida é mesmo bela!
Abraço!

--------------------.>

a poesia sentida foi a seguinte, ainda sem título:

Hoje está cinza o céu e esconde a Lua.

Amanhã o dia será nublado e o Sol não vai sair ou entrar.

Mas sempre tem o depois de amanhã,
e depois e depois...
só não tem depois pro tempo que já passou
soprando bocas de garrafas que boiam no Espaço
cheias de mensagens lotadas de Sonhos
& Vida.

Mas a Vida geralmente posterga a Vida,
deixando pra depois o que pode ser deixado pra
depois.

Resta para dias de chuva
o céu a cidade e as pessoas com as sombras
mais limpas
do dia seguinte.

===================================

Nydia Bonetti!!!

Foi uma sábia pessoa quem programou o celular! Sorte minha tê-lo ligado para anotar de verde brilho Esperança de TUDO o que for que seja que venha para o BEM esta poesia e outras poesias.

MUITO obrigado pela presença! Comentários que guardam sínteses de Sentir! se transforma em tentativa de Beleza na forma de sem forma nova poesia.

GRANDE abraço!!!



----------------------------------------


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...noite etc & Cia


Cansei de viver pela metade.
cansei de aguentar a vida calado
e ficar sempre da mesma maneira de sempre
blues e blues e blues
conhaques, cigarros, vinhos resacas

tentei fazer uma revolução no meu coração...
Ele me deserdou
foi se ater a um porto que muitos diriam
"Impossível"
"Não existe"
"mula sem cabeça"
ateu de si,

cabeças de mula sem cabeça
e seus sonhos
medonhos ou belos,
mas seus!
sonhos de acordar em nada
mergulhado no presente passado
sempre futuro,
sim,
do Tudo um pouco de Nada.

Pulamos...todo o Universo passa
e nós ficamos
(“vou pular,
Adeus...
)”

vamos lago noite longa adentro
falar para paredes digitais ou de barro ou de
tijolos e cimento.



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quando eu pensei que a poesia não vinha
ela veio...
atiçou brasas ao peito
com ondas de água

só presta assim!
igualigualzim
ao fogo das paixões
que se transformam em incêndios de Amor
que um dia viram Estrelas
em páginas fechadas
inundadas de cada vez mais
poesias.


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POesia escritas após ler UM PLANETA QUE ERA AZUL , da Cintia Thomé:

'falando de tua aldeia' falas de todas as aldeias... somos todos responsáveis um pelo outro e o outro também é o mato, é a pedra e o bicho!


Chama-nos a atenção nessa Poesia-anti-poesia ((?)... NÃO! Poesia MESMO!!!)
Que sua ‘vergonhaREVERTA-SE TOTALMENTE por essa gota d’águaOceano que, toda beija-flor-em-letras, trazes no bico!

E o meu sentir decodifica mais poesia:

os prazeres de agora não podem ser os sete palmos de amanhã

sete vezes sete
palmos de plástico
transforma-se em água
nas casas dela cheias...
a t.v. vai ter então
seu fim de 799”
para peixes
e limo.

Sete vezes vinte e uma vezes
ondas de lixo afogando toda Ordem
&
Progresso(?)
Sim, há: ‘estatísticas não mentem’;
a ‘Televisão não mente’ - pra peixes?!! -;
‘vê lá no Google!’...;
e também há besteira demais com ‘B’!
explicando os planos
pra formatar toda a Vida
e reestartar!

Enquanto isso ,
nas avenidas inundadas,
poetas, loucos & passarinhos
vão sonhando em poder
construir sua Casa
na correnteza do rio, bem sob aquela sombra de nuvem
até ela chover, que significaria
não a submersão,
mas uma cada vez mais
ASCENSÃO...

talvez daí um passarinho possa
escrever uma poesia impossível e
os poetas saíam por aí voando com asas de Verbo
e os loucos construam pontes para unir uns aos outros,
inchados pela maré,
e,
da nOite escura
sobrar apenas a lua incendiando
não um “Chão”, mas um rio,
um oceano, um lago, tudo junto numa consagüinidade
fluídica - que mais irmana-nos do que o
sólido da Terra – todo um Mar de Estrelas!

Mas isso tudo
ainda é Sonho de passarinhos,
arquitetos loucos
e poetas-braço-de-rio,
que se desdobram em oceanos

depois da curva da Vida
incrustada de novidade
todo santo & profano
dia.

===========================

Poeta... prazer imenso ler-te também em denúncias-fotografias, lembrando-me o sempre novo Manoel de Barros em seu ‘Matéria de Poesia’, ao me perguntares 'Existirão elementos para se fazer poesia????....'

GRANDE cheiro!!!


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para Dora Nascimento

é que não consigo deixar de olhar para a Lua ou um nascer/por do Sol, flores acadêmicas e, principalmente as flores que nascem na beira das sarjetas, em matos desregrados ou nos telhados das mentes quando cai assim, como chuva 'fechadoura de verões' uma poesia tão viva como a sua...

Li no teu perfil (25.03) e não resisti:

"sobre coelhos e rainhas de copas e espelhos mágicos aliceanos"

Oh Rainha de Copas,
como não reverenciar essa majestade
que se desdobra e se desdobra e se desdobra
desvirando-se em peles de duas mil cobras
que colhem 10.000 venenos
para um milhão de antídotos-poesia:
cura dores no peito, frieira
artrite, espinhela caída e 'uma dor'...
num ardor que faz curva-nos
ao ponto de,
quando menos esperamos,
estarmos batendo continência,
prestando mais do que reverência!,
e tão sãos de tão insanos
que voamos e beijamos a Lua
- ontem ela estava lá na cozinha
da minha casa, a tomarmos
café juntos,
embora ela prefira leite -
que hoje divido com você,
emprestando-lhe o espelho de todas as águas
para igualar brilho excelso,
fulgor! Poesia
que desanestesia a veia
para sentir-mos a raiz das flores
se estendendo pelas margens
dos rios que somos,
perfumes supostos
dos mares para onde
vamos.

============

vou botar lá no perfil... gostei demais de MUITO da sua 'Rainha de Copas...' até o ponto da poesia...

O.m., 25.03.2008, 09h17
--------------------------------------
Assim,
de caquinho
em caquinho
vamos nos emendando
pelo Mundo... impressões
de nós a sós
com outros milhões
de outros iguais,
sendo devorados
pela Flor com dentes
de Moinho
que nos promete a Vida.

Moinhos...
Cartola... Cervantes...
quixotesca e indesatavelmente
presos ao peito antespasto banquete e sobremesa
pelos dentes de liquidificador
da Beleza da Flor
que se alimenta
do Amor.

Do pó ao pó e da
lama formada com nossas lágrimas
nos juntamos de novo e de novo
peito coração flor e jardins fênixs
alçamos cego voo
ao aero_porto invisível
que se empuleiram
os nossos e os Sonhos
dos outros.

====

comentando texto de Bruna Foscarini.
em: http://www.overmundo.com.br/_banco/produto.php?titulo=no-mais-e-isso

O.m., 24.3.2008 - 22:05

---------------------------------

comentando poesia de Dora Nascimento:


e Bill Lee disse: "escrever pode ser perigoso" Dora!

Claro!
e é todo dia que se desfia
sem cachaça ou anestesia!
janelas do peito todas abertas
- pode-se ver todo um Mar e
o seu Céu, tão íntimos
e distantes quanto
estrelas -
escorrendo pelos olhos
portas frestas fechadura
gretados,
de lá do fundo do fundo de dentro,
Luz!

Escrever pode ser perigoso
se as palavras forem ditas
sem fogo o suficiente
para não viverem nas outras mentes
e peitos que esquecem,
muitas vezes,
de sentir e aquecer,
ou
ainda,
se forem ditas sem viço
de passar longe rastros de vida...

Mas creio que não corres perigo
pois deixas rastros de Vidas inteiras
que aquecem peitos pelo invisível rio
que se estende desse Sentir
em forma de letras
lava!,
teu peito,
inteira calma e tempestademente
banquete da tua Alma crua,
obsc&docement&xplicitamente nua
a desfilar com passos de fogo
nos estuários das almas da gente.

----

em http://www.overmundo.com.br/banco/ceus-de-esperas

O.m. · 23/3/2008 04h34

--------------------------------------


Me sinto às vezes (liberdade pornopoética)
em orgias desses Sentires diversos,
amalgamáveis em um só 'turbilhão!!!' de coisas
sentidas que só existem por que
passam por dentro como outros seres
que existem
independentes de nós...

barcos de papel soltos e sem porto de volta
(ou lanterna que seja! para ser farol nesse caldo)
desse sumo de nós,
rio indo sempre pro Mar e Tudo
indo pro céu de Nada
numa 'troca impossível' de sucos,
que brilham pulsando & umbicalintagivelmente
nos unindo pelo todo
e vaporoso laço
que abraça o Espaço.

A.T.
====
é... o que uma puta Lua cheíssima às 20 e alguma coisa não é capaz de fazer!!! mais poesia cara Dora!!! É até evitável, mas não recomendo em hipótese alguma (posto quantas já o fiz!!!) calares qualquer sentir!

Overmundo, 21h23, 22.03.2008



----------------------------------
"porres de lua cheia intumecendo as marés de dentro para ecoar melhor uivos de veludo longa noite escur&luz adentro"

Tomei uma grande dose de Lua cheia,
então,
em homenagem a ti, cara Poeta!

Pra mais e mais ainda incendiar
a noite que nada promete mas
ainda assim continuamos uivando em poesias,

orações para corações_altar
que ora devoram-se na quase dúvida
do Sangue que lhes dá vida!,

brilhando do lado de cá
procê aí do ladilá dessa digital ponte
que passam rios e rios de sentimentos
que correm pro comum mar de Sentires
em que a lua intumece, maré,
uivo de veludo
fundo leito,
peito cova,
sementes
&
flores...

Jardins!!!

=================

cara Poeta Dora Nascimento!!!,

reitero cada reverenciosa palavra!

Overmundo, 21h07 (?) 22.03.2008


--------------------------------


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'sobre sentires alheios, sobras de simulacros-fantasmas'

Dentre as coisas que vouyermente li de ti,
vi teus sonhos assustando-se com um farol a
alimentar-lhes viço
de asas plenas em voo,
seio desnudo do teu alimento maior:
Alma líquidamentescrita leite em Via
mor, Sol inteiro para iluminar
outros olhos-lentes-do-farol-pra-dentro-das-gentes
em ondas nesse Mar que não cala,
que é essa doid&insanamente louca
vontade de cada vez
mais e sempre mais
verdadeir&despudoradamente
Amar!!!

Se falo assim de ti tão bem
eu realmente não sei...
mas sei que o que descrevi desses teus horizontes linguísticos
que se er

colaboraes recentes

Bombas de ontem sobre a cidade banco
12/11/2011 18:09 · 2

Você pediu,
eu te dei.

Você insistiu,
mais te dei.

Você quis mais
e lá estava eu com mais...

Às portas fechadas - 
um piloto automático soltava bombas de ontem sobre a cidade -
lá estava com muito mais e tudo
e um pouquinho além (por via das dúvidas),
topando com a metade vazia do copo.

Na metade vazia do copo
ar suficiente para soar uma última palavra...

Mas... +

Memórias perdidas banco
11/9/2011 17:22 · 0

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3/9/2011 16:31 · 0

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poe-mails -poemas paridos no meio ambiente digital banco
4/1/2011 20:48 · 20

Este livro é uma compilação de poemas escritos no meio ambiente digital (Orkut, MSN, e-mails, Overmundo, etc) entre os anos de 2007 e 2010, publicados ou arquivados neste site, e pode ser baixado GRATUITAMENTE neste site ou no 4Shared.

Obra registrada sob licença Creative Commons BY-NC-SA 3.0

Você pode: Partilhar, copiar, distribuir e transmitir e adaptar a obra, desde... +

poesia sem título nº 237 banco
16/12/2010 14:37 · 0

Escrita em conversação via Facebook com minha amiga Moema Costa. +
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