sobre o colaborador
Não guardo nada pra depois. Não economizo felicidade. Não economizo palavras. Não economizo vontades. Na verdade, não me economizo. Não espero o momento certo, não tenho o perfume lacrado, o vinho guardado, a lingerie na caixa, a surpresa pronta para a data especial. Toda hora é agora. Quase impossÃvel deixar pra mais tarde. Pode ser um defeito devastador, eu sei. Mas não está em mim engolir desejos, usar camisola rasgada pra dormir sozinha, passar lavanda barata para ir ao supermercado, dizer que não quando a vontade é dizer sim. Não está em mim fazer jogo, fazer tipo, esperar pra ver, ficar com gosto do beijo não dado, deixar a página em branco com medo de confessar. Ah, me poupe! Eu quero provar o inesperado, improvisar meu mundo, fazer festa sozinha, me enfeitar e me embebedar.