presente apenas na segunda versão do livro "o orvalho e os dias" (2007), o poema, de certo modo, justifica a revisão feita sobre a versão de 1998.
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Há duas irmãs mancas:
a que diz e a que é.
Uma clama vir a ser;
outra vive o não saber.
Uma quer a carne da outra,
que deseja o seu sabor.
Uma manca por destino.
Outra manca por fraqueza;
muitas vezes, por desleixo.
São duas irmãs, as mancas,
que dividem lar soturno:
nuvens passam adiante,
gritos ecoam no mundo.
Uma toma a mão da outra;
vem-lhe...
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