sobre o colaborador
Poeta,compositora,autodidata,nascida em Botafogo na cidade do Rio de Janeiro versa com influência de seus constantes estudos pelo cordel e as payadas.Fã incondicional de Manoel de Barros e Mario Quintana e do choro e samba cariocas.
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O poeta Walmar Belarmino assim diz:
“CORAÇÃO DE POETA É TÃO SENSÃVEL,
TÃO SENSÃVEL DE UM JEITO IMENSURÃVEL
QUE CONSEGUE SENTIR O INAUDÃVEL
E BEIJAR COM LEVEZA O INTOCÃVEL
VER UM DEUS EM CADA MISERÃVEL
E CHORAR PELA DOR DE UM OPRIMIDO
MESMO VENDO SEU DONO POR VENCIDO
ELE APOSTA NA ÂNSIA DE VENCER
ETERNIZA A LIÇÃO DO APRENDER
E GARANTE QUE NADA ESTà PERDIDOâ€
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Preciosas
Fluxo de lava erupção
Rocha calcária cadê a rima
Que segura o vulcão?
E fala a pureza da gema
O olhar pulsante, a lapidação
Brilham safiras em exposição
Virá um dia cravejante
Em que as turmalinas terão
Bicolores gestos de rosa e verde
Verde e rosa, em comunhão
“Fala Mangueiraâ€Que zoeira!
Quando o ouro chama
Um diamante pleno!
O átimo bruto delirante
Ofusca zircônias em profusão
Eu sei,eu sei...as esmeraldas brilham
Os topázios deliram
De citrinos à imperiais
Outra vez vai à vida
Uma ametista polida
As pérolas nos madrigais
Lapislazulis de robusta pureza
Turquesas, turquesas que beleza!
São preciosas, vistosas e comerciais.
Nina Araújo
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VALEI-ME !!
Valei-me a pena preta da graúna
Valei-me de agourar a acauã*
Valei-me o toco forte baraúna
Valei-me a luz do cisco de Tupã
Valei-me o pé que finca a estradeira
Valei-me a ginga duma capoeira
Valei-me o ar do pau duma ribeira
Valei-me a juriti mirando a rã
Valei-me a dor pisando na tramela
Valei-me o tum! do xote pé da serra
Valei-me o ar sereno da cunhã
Valei-me um matagal de umburana
Valei-me o naco doce duma cana
Valei-me a lua ali brilhando a rama
Valei-me a cruz da vida quando chama e chama...
Valei-me o grito da atmosfera
Valei-me onde o homem vira fera
Valei-me TODA A NATUREZA SÃ !!
Nina Araújo e Vera Borato
*pássaro do sertão considerado de mau-agouro por atrair a seca.
colaborações recentes
É galante e é primata,
Vem como um sedutor que aguça
Vem como o amor que fuça
Que enreda enquanto busca
E então, se derrama e mata.
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"O bairro das quatro letras
Até um rei conheceu
Onde tanto malandro viveu
Onde tanto valente morreu
Enquanto a cidade dorme
A Lapa fica acordada
Acalentando quem vive
De madrugada"- (A Lapa- de Herivelto Martins e Benedito Lacerda)
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Perebeiro da moléstia
Amancebado co’a encrenca
Dentuço de pôça boca
De tanta bunda num senta
Pai de menino traquina
Caraca suja na venta
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Uma alegria imensa e uma Grande honra eu tive ao receber este poeta tão importante como parceiro, pelo seu amor ao Brasil, suas pesquisas apuradas sobre nossa gente, é um privilégio escrever ao lado de quem se admira ! Axé Azuir, poeta tão querido cantando comigo o mestre Caymmi!!!
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