Sim. Ela havia visto as árvores e as montanhas. Andou sem rumo pelas ruas de Botafogo. O Cristo acenava lá do alto. Ou era miragem? Olhou de novo. O Sol cegava. Sim, o Cristo mexeu os braços acenando, tinha certeza.
Fosse porque não tinha dormido à noite com aquela batucada na cabeça ou porque fazia tempo que não comia alguma coisa. Talvez o Cristo tentasse dizer algo, "não vá por aí" ou "pare ali naquela padaria e faça um lanche" foi o Cristo ou o ronco na barriga que disse? Parou. Pediu pão de queijo. Era pão de queijo "da casa". Vamos ver, e olhou pro Cristo. Quer um? Ele acenou que não. Pareceu-lhe que daquela altura, com aquele sol todo em cima dele, seria melhor mesmo não comer. Ergueu os ombros e mastigou o pão de queijo com o café quentinho.
Fragmento fantástico! Seu texto é muito vivo. Dança entre a densitude e a leveza. Gosto muito.
Abraços do Verde.
Puxa, obrigada! :)
Clara Vasconcellos · Rio de Janeiro, RJ 1/3/2007 19:33
Muito bom, conterrânea!
Se tivesse oferecido sorvete, tenho certeza que ele teria aceitado.
Parabéns e abração
Não... acho que queria mesmo era um abraço. Olha os braços abertos dele. Sozinho, o bichinho, lá em cima... (risos)
Muito seu texto!
Abraço!
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