Quando me mudei pra São Paulo, em 82, eu era criança, e as paredes marcadas da cidade foram uma revelação. Os pixos pareciam coisas muito novas, inusitadas e fantásticas, incompreensÃveis e sedutoras. Talvez por não ter acompanhado o assalto dos espaços públicos pelas tintas, nunca consegui concordar com o senso comum que classifica essa forma de expressão como puro vandalismo.... +
Em documentário e livro, a presença das caixeiras nas
Festas do Divino do Maranhão
São mulheres simples.Cantam, tocam caixas, pagam as suas promessas e as de outros. Estão presentes nas festas do Divino EspÃrito Santo, no Maranhão, onde a tradição familiar começou com suas bisavós, avós, passou de mãe para filha. E assim continua. Elas seguem com o Divino, “andando... +
Em 2009, visitei o cárcere de Bárbara de Alencar, no centro histórico da cidade de Fortaleza. Em casa, vendo as fotos do lugar, não pude me furtar a lhe dedicar um poema. Há uma força estranha que se emana dali, um grito da história e da dor humana. Muitas vezes, lembrando-me do cárcere, incomum, à flor da terra, mas de pedra, pesado, vi-me murmurando: “O túmulo... +