BENNYANA FLOR SELVAGEM
Ao mestre Poeta beat Benny Franklin
Ah! Homem de carne
Na sua ínfima pele
Escute, ouça o grito, o alerta
Daqueles que vieram, como eu,
A sorrir do desdém da vida,
Das escadarias de areia em quedas
Que guindaste usou na usurpação
Com a palavra do Olho,
Olhar tão próximo, mas, ao longe, já havia visto
O temor dos incompetentes, dos frangalhos,
Afagando carências
Dos andantes que pedem clemências.
Fogem, mas retornam, fogem e fogem
Chorosos mentirosos pecadores
Fracos nas couraças furadas e fétidas
Ah! Homem de carne...
Vens com logomarcas, selos,
marcas de nada, do acaso, amanhã fora de linha.
Pilotas esses carros de lata em rodas negras
Porque a coragem está nas rodas de fogo
Nas suas carruagens, carroças,
Querendo se aproximar de mim
Mas... pestaneja... Repele-me... Por quê?
Tens receio da vergonha
Da constatação que és triste espírito
De luta e labuta, e não partilhas pão e nada
E teus pés fincados com as unhas
do Diabo que te toma, roubando-te
Uma putrefacta possuidora,
Numa quase pena máxima sem valor
Ah! Homem de carne...
Pede socorro sorrateiramente
mas se assusta, desconfia, coalha
Sente saudade, mas na presença, falha!
Mas eu confio, creio.
Ah! Homem de carne...
Estrutura teu cérebro, tua cabeça
Com a minha mão meiga e grossa da verdade.
Ajoelha, e que doam teus ossos, mas pede perdão
Fica perto dos reencontros escritos, do eterno
Do Universo enigmático, mas certo.
Ah! Homem de carne...
Poetando eu te coloco em meu colo
Sei que te incomodas com o calor de mim
Com as lágrimas invisíveis de sangue e mel
Com meu beijo sincero, quase uma inocência
Tu te aproximas de mim...mas corres de mim
Julga-se são, mas neurótico insano
Porque não crês na boa palavra
Nem na mulher absoluta, a Flor
De pétalas que perfumam pulmões,
Que agasalha as montanhas
Onde os ímpios habitam, labaredas ferozes
Salvaguardando seu semelhante, seu Amor
Cuspindo sementes,
Que amarra, abraça, sustenta
Árvores decaídas, semimortas
Pois mulher desejo é de cedro
Não tomba, olha sempre Céus
A roda, a família...
Ah! Homem de carne...
Fraquejou com seus ossos plásticos
Porque quer o verde pardo da cédula,
E eu, só amo a sentença:
In God We Trust
Ah! Homem de carne...
E nas suas semelhanças
Quer ser moderno com objetos
Que amanhã serão escarros, lixo nos ralos e rios,
Gavetas estufadas gotejando suores alheios.
Resguarda tua pureza, eu peço, imploro!
Vim como leite de caule,
A seiva azul ao prisioneiro, ao refém
Mas tu mamas carne podre, vadia, prostituta...
Coitada, louca que será um dia judiada, apedrejada
Se assim já não é...
Ah! Homem de carne...
Engasgas quando me vês, talvez sintas inveja
Talvez pela grandeza selvagem que amedronta
Mete medo, admiração...
Mas incapaz não sorves, bebes ou mastigas
A Orquídea lubrificada de Amor
Ou o fruto de maracujá que sou
Porque adoras quem te bate, maltrata
Masoquismo tresloucado invisível
Maquiavel de teus 'ontens'
A vil, a pútrida
Maçã
Ah! Homem de carne...
Cuida de ti.
Cíntia Thomé
(Orquídea Selvagem Henry Ford)
15/11/2008 às 4:00hs
Com carinho e respeito para o Poeta beat , amigo Benny Franklin
Agradeço a colaboração/revisão de Compulsão Diária e Marcos Pontes
Maravilhoso teu texto querida Poeta!
Lindissimo!
"Pede socorro sorrateiramente
mas se assusta, desconfia, coalha
Sente saudade, mas na presença falha
Mas eu confio, creio
Ah! Homem de carne... "
Transcendental!
beijo amiga!
Cíntia, que texto denso e impactante, irretocável!
Sergio Berrini · Rio de Janeiro, RJ 15/11/2008 16:20
In God We Trust!
Oh! Mulher de carne e orquídea...
Teus cânticos - a mim baforados qual assopro de quem
saboreia o alimento do paraíso (ele existe?) - envolvem meu ser
que reverencia a tua Alma.
Perfeito.
Imerecido, te beijo!
Grato.
Bjs.
Benny Franklin
Diva,
If in god HE trust, c' ést penible...Porque adora quem lhe bate, maltrata!
Saiu mais do que perfeito.
É grandeza selvagem! É cedro de olho no céu.
É Cintia thomé.
É Diva, sempre.
Linda!
tutti baci
Numa homenagem a Benny, vejo você usar a própria forma dele escrever. Isso complementa com qualidade uma homenagem que já seria boa pela sua própria escrita.
Muito bonito.
Surpreendente, belo, certeza de objetivos.
Exemplar.
É também envolvente.
Reafirmar que você é poeta maior? É pouco, Cintia.
Parabéns.
Sereia, poema apimentado, agridoce e febril.
bjo.
Poema com a marca e o talento incomparável da Diva, no mais puro estilo Bennyano. Um recado, um desabafo, um manifesto, uma declaração... Tudo.
Ficou lindo isto Cintia!
beijos
O que te resta és tu
e tua verve,
tua febril e incessante
adoração do que vives
e dá vida vida
e perfume à existência.
O sol,
a luz da outras estrelas
que nos chegam ainda já,
após muito que se foram elas ao pó das vias lácteas
e à inexistência retumbante dos momentos
a milhõesde anos passados e tão presentes,
como és, elas ainda são.
E por tudo é
que venerando o verso,
a aura expande o universo,
porque crias.
Creio, me ergo, porque me elevas
e te aplaudo, Cintia.
Sempre vem de dentro o credo de nós mesmos.
Bjinho
volto para votar
CÍNTIA,
ARREBATADOR!
Poeta revolucionária...
Matas o tédio,
Das nuvens cinzas!
Pacificadora,devolve-nos
Paraisos esquecidos!
AH! HOMEM DE CARNE...
Sucumbirás sempre,
Diante dos anjos,
E deuses que habitam
As profundezas dos seus mares...
Guardião poderias ser,
Da beleza que predomina,
Dentro e fora,
Da nossa "DIVA"
Delirante prazer,
Sem desejos de
AMANHECER!
PARABÉNS,
BJ.
BOA SEMANA.
Porto Alegre-RS.
Ah! Homem de carne...
Fraquejou com seus ossos plásticos
Porque quer o verde pardo da cédula,
E eu, só amo a sentença:
In God We Trust
Ah! Homem de carne...
como sempre um trabalho adorável, parabéns.votado.
um universo em si mesmo...mas não ensimesmado
porque espargiu sementes de confiança
em deus we trust , pero no mutcho
homem de carne e osso, mais que deus, se esqueceu ?
falhou na presença porque temeu a orquídea
e não vislumbrou o tédio...Lars Svendsen explica...
pintura de poema...promenade de dedicatória...massa real...BEAT !
voto e beijo
Joe
Bela dia "A Filosofia do Tédio...sem ser elitura entediante...
vou a Livraria Saravaia!!!
É muito selvagem! Lembra-me textos medievais do teatro medieval.Fico entre os deuses do teatro,e o absurdo do cinema mudo.É lindo!
camuccelli · Rio de Janeiro, RJ 17/11/2008 14:29
Benny é aquele poeta que nós encontramos sem nunca ter conhecido.Talento e humildade.Eu particularmente sou suspeita,pq acompanho sua tragetária em todos os lugares( Que ele nunca saiba disso)
Bela homenagem minha professora querida.
vai dando dersconto pelos erros,estou sem pc,e aqui nessa lan é tudo muito escuro e impessoal.
Parabéns, querida!
Grande e inteligente texto.
Recebe o meu carinho.
Votando.
Cintia
Beijo-te as mãos, amiga, e abraço o Benny, poeta sublime e alma exageradamente pura.
Quatro corações...e uma obra eternizada pelas delicias da beleza
Abraços
Noélio
Cintia!
Meus poucos amigos!
- Toda ternura e gratidão dedico a vocês.
Um orgulho e tanto:
Rubênio Marcelo e Cintia são culpados por excelência de deixar-me de papo para o ar, aqui no Over.
Obrigado por tudo. Deixo-vos aqui meu abraço:
"Nunca me rendo/renderei a esses dias de pavor. Morro/morrerei por minhas poesias e com a força da palavra em minhas mãos!"
Para sempre,
Benny Franklin
Cintia querida,
Bela homenagem ao grande homenageado.
Parabens!
Os poetas encontram-se nos versos.
Beijos e votos,
Regina
Cintia Thome · São Paulo (SP)
BENNYANA FLOR SELVAGEM
Muita graciosidade e beleza.
Uma flor admirável na sua representacáo.
Lembra plenamente a imensidáo do nosso Poeta do Pará.
Junto ao elogio do seu trabalho, fica também o Abraco forte a este Poeta inspirador.
Parabéns por fazer o Overmundo Melhor.
Abracáo Fraterno
O time é bom demais, mas a inspiração e porreta!
victorvapf · Belo Horizonte, MG 18/11/2008 13:20
Selvagem orquídea...bela definição do Benny que tanto amo!
Lindo de viver,Cíntia!
E mais belo ainda , a amizade que este canto celebra!!
Parabéns!
beijinhos bluecarinhosos
Blue
Cintia
Bennyanamente falando:
Daqueles que vieram, como eu,
A sorrir do desdém da vida,
Agora me alegro ao sonho teu
E se ser a vida bem vivida.
Grande e merecida homenagem.
um abraço
Um grito desesperado na noite da vida.
Que nos resta na selva selvagem da cidade?
Uma flor rompe o asfalto - lembro-me de Drummond.
Uma flor rompe o tédio, o nojo, o ódio.
Enquanto houver uma flor, Cíntia, há esperança.
Beijos.
O medo de tocar a flor e quebrar o seu encanto e ela fenecer,faz com que admire de longe e falha...Ah isso é mais comum do que se imagina.Ótimo Cíntia
Um beijo e você e ao Benny que admiro de montão
Profunda reflexão...Homens de carnes, rendidos a magnitude de teus versos, diga-se, versos de redenção!
Cassiane Schmidt · Gaspar, SC 21/11/2008 12:03
Ah, mulher de alma,
que prazer ler-te, sentir esta força terra mãe tão manifesta...
amei.
abçs
Agradeço a todos comentarios, que só fico emocionada e feliz diante
do que fiz com o coração imenso embora pequeno, frágil...
Uma imensa verdade diante das loucuras do ser humano que ebora seja doce, às vezes marga em sofrimento sem mais e nem porque pois vive nos labirintos ...sem saída....
Um dó, uma pena...mas cada um cuida de si nas escolhas. Afinal o jogo é roda...
Voltando aos poucos, se é que consigo...
Agradeço a todos comentários, que só fico emocionada e feliz diante
do que fiz com o coração imenso embora pequeno, frágil...
Uma imensa verdade diante das loucuras do ser humano que embora seja doce, às vezes amarga em sofrimento sem mais e nem porque
quem o ama... pois vive nos labirintos ...sem saída....
Um dó, uma pena...mas cada um cuida de si nas escolhas. Afinal o jogo é roda...
Voltando aos poucos, se é que consigo...
Ah! Homens e mulheres de carne!
Felizmente capazes de amar o são.
Em singeleza, simplicidade e verdade.
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